PROGRAMAÇÃO
DE PESSOAS: É procurar controlar ou manipular uma pessoa.
PROJEÇÃO
ASTRAL: Diz que a alma deixa o corpo e viaja num nível de
consciência diferente.
PROJEÇÃO
DE PENSAMENTOS: Também é uma influencia remota do inconsciente.
É uma forma de telepatia.
PSI:
É um símbolo representando o aspecto transcendente da personalidade
humana. É tirado, ou seja. É uma letra ou letras tiradas da palavra
grega psique (alma).
PSICANÁLISE:
Ela, a psicanálise, procura dissecar o âmago da vida espiritual do
homem e procura resolvê-la, dividindo-a em vários complexos.
PSICOCINESE:
É a movimentação de objetos físicos por meio da força da mente,
sem o uso de meios físicos.
PSICOGRAFIA
(OU USO DE TÁBUA PEQUENA): É um instrumento ou aparelho usado
no meio espírita como um meio para receber mensagens escritas vindas
de espíritos de pessoas mortas.
PSICOMANCIA:
É a comunicação por meio de ocultismo entre almas ou com
espíritos.
PSICOMETRIA:
Geralmente caminha junto com a clarividência e clariaudição. É
considerado como sendo o poder para fazer contatos pessoais com uma
pessoa ou pessoas vivas que estão ausentes do lugar onde isso é
praticado.
QUEIMANDO
INCENSO NOS MONTES (OU BOSQUES): É uma prática usada no culto a
deuses pagãos (II Rs 23:5-10).
QUIROMANCIA:
Adivinhação através de leitura da mão; quiroscopia.
RABDOMANCIA:
É a arte de descobrir (adivinhação) coisas por meio de varinha ou
condão.
RADIESTESIA:
É a ciência que trata com a determinação de influencias psíquicas
ou mediúnicas, usando vara ou pêndulo.
REBELIÃO:
"Pois a rebelião é igual ao pecado de bruxaria" (I Sm
15:23).
RECONHECIMENTO:
É um conhecimento no íntimo da pessoa das coisas que irão
acontecer no futuro.
REMOÇÃO
DE VERRUGAS: Métodos de remoção de verrugas são costumes de
natureza muito duvidosa e são geralmente de caráter sugestivo ou
mágico, envolvendo magia.
REENCARNAÇÃO:
É o "renascimento" de uma alma num corpo humano novo ou
outra forma de vida.
ROSACRUCIANO:
É uma pessoa que pertence a uma sociedade secreta que alega possuir
várias formas de conhecimento oculto e poder.
RRFA
(THE RELIGIOUS RESEARCH FOUNDATION OF AMÉRICA): Fundação de
Pesquisas Religiosas da América.
SABBAT:
É uma reunião principal de bruxas para atrair ou trazer novos
membros.
SABBATH
DE BRUXAS: É uma assembléia realizada à meia noite com a
participação de grupos de 13 bruxas para a efetuação de rituais.
SATANÁS:
É um arcanjo de Deus caído, decidido em usar vários tipos de
destruição na terra.
SATANISMO:
É a adoração ao diabo, freqüentemente envolvendo imitações
burlescas de rituais Cristãos. Oração ao diabo, missas negras,
etc.
SCIOMANCIA:
Adivinhação feita através de ajuda de um espírito.
SENSITIVA
(CLARISENSIBILIDADE): A pessoa que tem a capacidade de
diagnosticar doenças, geralmente usando alguma forma de psicometria.
SESSÃO
ESPÍRITA: É um grupo de pessoas reunidas para tentar
comunicação com os espíritos de pessoas mortas.
SESSÃO
ESPÍRITA COM LEVITAÇÃO (VIAGEM DA ALMA): É o fenômeno do
desenvolvimento do espírito pelo qual um médium ou uma pessoa
avançada no espiritismo consegue deixar o seu corpo por meio de
entrega total a um espírito de controle. Essa pessoa não está
completamente separada do seu corpo, mas ela pode sair dele
conscientemente e viajar a lugares distantes. (Também conhecido como
projeção astral).
SESSÃO
ESPÍRITA COM LUZES: Esta sessão é precedida por uma meia hora
de meditação durante a qual cada pessoa se prepara para a vinda do
espírito. Nesta sessão, um quarto escurecido fica cheio de luzes
vagantes até que isso se torne uma massa de cores e cada luz indica
o espírito de "alguém que já partiu".
SESSÃO
ESPÍRITA COM O USO DE UMA TROMBETA PARA REVELAÇÕES: É usada
uma trombeta feita de alumínio. Quando o médium entra em transe, a
trombeta ergue-se devagarzinho (por controle de demônios) da mesa e
move-se em redor do quarto, parando no meio do ar, de tempo em tempo;
a voz do espírito fala através da trombeta.
SESSÃO
ESPÍRITA COM TRANSFIGURAÇÃO: Nesta sessão, aparece a forma
transfigurada de uma pessoa amada que já partiu.
SESSÃO
ESPÍRITA DE PASSIVIDADE OU INÉRCIA: É um processo pelo qual se
apaga todo pensamento consciente para que um espírito possa "tomar"
controle de um médium e falar através dele.
SESSÃO
ESPÍRITA DE REALIDADE VOCAL: Muitos sons são produzidos através
das cordas vocais de um médium que não são apenas vozes, mas são
também música, efeitos de som, instrumentos, etc. As vibrações de
som são produzidas distintamente através do aparelho vocal do
médium.
SEXTO
E SÉTIMO LIVROS DE MOISÉS: É um livro ocultista sobre
feitiçaria (bruxaria).
SFF
(SPIRITUAL FRONTIERS FELLOSHIP): Confraternidade de Fronteiras
Espirituais.
SONHADOR
DE SONHOS: Expressão usada para descrever alguns falsos profetas
que fingiam receber uma revelação de Deus através de sonhos, ou
que recebiam informações em sonhos de fonte demoníaca e diziam que
isso vinha de Deus (Dt 13:1-5).
SONHOS:
Certifique-se da fonte dos sonhos. Use o mesmo teste que você usaria
para profecias.
SUBSCRIÇÃO
OU PACTO DE SANGUE: É assinar um pacto com satanás, geralmente
usando o seu próprio sangue ou o de animais.
SUCCUBUS
(SUCUBO?): É um demônio, especialmente aquele que toma a forma
de uma mulher e que mantém relações sexuais com homens enquanto
eles dormem (supõe-se).
SUGESTIONAMENTO
MENTAL (INFLUÊNCIA REMOTA): Isso trata com a transferência
remota (ou indireta) de poderes da mente e que incluiria telepatia,
hipnose ou magnetismo.
SUPERSTIÇÃO:
Apesar de ser uma atitude parecida com religião, essa atitude está
completamente divorciada de Deus. Ela engloba algumas ações e
decisões das mais absurdas.
SWEDENBORGIANISMO
(DOUTRINA RELIGIOSA DE EMANUEL SWEDENBORG, UM MÍSTICO): É um
culto que elimina o Sangue de Jesus.
TÁBUA
DE TRÊS PONTAS: É uma tábua pequena apoiada em rodinhas em
duas pontas havendo um lápis na posição vertical na terceira ponta
o qual, acredita-se, se levemente tocado por dedos, movimenta-se
escrevendo palavras dadas pelos espíritos.
TÁBUA
QUIJA: É uma tábua para jogos usada para obter mensagens
espíritas ou telepáticas sobre o futuro ou sobre outras ciências
ocultas, ou escondidas (secretas).
TALISMÃS:
É uma pedra, anel ou qualquer outro objeto que tenha caracteres ou
figuras gravadas nele que supostamente possui poderes ocultos e é
usado como amuleto.
TELECINESIA:
É a produção de movimento no corpo, aparentemente sem a aplicação
de força material; esse poder há muito tempo é reivindicado pelos
médiuns espíritas.
TELEPATIA:
É a comunicação de uma mente par outra sem um uso de canais
físicos habituais como audição, visão, tato e etc. É também
conhecido como sugestão mental, leitura da mente, fenômenos
telepáticos, etc.
TELESTESIA:
Percepção extra-sensorial de objetos, eventos etc. (à distância).
É uma impressão recebida à distância sem a operação habitual de
órgãos dos sentidos.
TEOLOGIA
MODERNA: Qualquer teologia que nega o sangue de Jesus é
considerada dae natureza como sendo um ritual religioso.
TEOSOFIA:
Qualquer uma das várias formas de pensamentos religiosos ou
filósofos nos quais se alega possuir introspecção mística da
natureza divina ou a uma revelação divina especial.
TERAPIA
DE CONCEITOS: é uma forma de automelhoramento psíquico similar
às ciências mentais como a de "Unity" ou Ciência Cristã.
TERAPIA
DE CORES: É basicamente uma forma de RADIESTESIA, usando cores,
ou seja, fios coloridos para diagnosticar ou determinar tratamentos
de doenças.
TERCEIRO
OLHO: É poder hipnótico sobrenatural.
TRANSE:
É um estado inconsciente ou semiconsciente de animação ou
movimento parcialmente suspenso, geralmente causado por atividades de
espíritos.
TRANSFERÊNCIA:
É passar ou transferir poderes ocultistas, dores, doenças, etc.
TRANSFERÊNCIA
POR OCULTISMO: São livros que contém rituais (falam sobre),
encantamentos ou feitiços, poções mágicas, e dão instruções
sobre o ocultismo e informações e também explicações detalhadas
sobre práticas psíquicas e mágicas. Existem inúmeros livros dessa
natureza, mas alguns dos mais conhecidos e muito usados são: bíblia
satânica, os segredos dos salmos, o sexto e sétimo livro de Moisés,
o livro de Vênus, I ching e tetrabiblos (por Ptolemy).
TRANSFIGURAÇÃO
: É quando a forma de um "ente querido que partiu" toma o
corpo de um médium e fala e gesticula às pessoas presentes na
sessão espírita.
TRANSFIGURAÇÃO
DE ALMAS: É a projeção astral; transferência de almas.
TRANSMISSÃO
DE MÉDIUNS (HEREDITARIEDADE DE MÉDIUNS): É uma posse ou
permanência demoníaca nas gerações de uma família, passando de
um membro de família para outro.
UMBANDA: Culto brasileiro.
UNIDADE:
é um culto que dispensa a expiação feita por Jesus na cruz.
UNITÁRIO
(OU UNITARISTAS): É um culto que dispensa o ato de expiação
feito por Cristo na cruz; similar a UNIDADE.
VIAGEM
DA PSIQUE (VIAGEM DA ALMA): Alguns clarividentes psíquicos
alegam que as suas almas podem deixar os seus corpos e podem viajar
grandes distâncias (Projeciologia/Consciologia) de acordo com o dado
por eles.
VIDENTE:
É um adivinhador; o que usa a bola de cristal, ou o que olha
fixamente os cristais.
VISÕES:
Certifique-se para verificar a origem delas. Lembre-se de que Satanás
vem como um anjo de luz para enganar as pessoas.
VISÃO
SECUNDÁRIA: Similar a ESP (Percepção Extra Sensorial).
VODU:
É uma religião derivada do culto africano aos antepassados, que
envolve encantamentos, necromancia e comunicação com deuses
animistas.
VÔO
DE PÁSSAROS: Veja APANTOMANCIA.
VOZ
DIRETA: Quando em transe, o órgão vocal do médium é tomado
pelos seus espíritos de controle ou por outros espíritos e as
palavras e a modulação ou entonação que se apresenta estão
completamente diferentes da voz original.
XILOMANCIA:
Adivinhação feita através de pedaços de madeira.
YOGA:
São exercícios e meditações feitas, abrindo-se a mente para
poderes malignos.
ZODÍACO:
É um cinturão imaginário de planetas e constelações formando
signos astrológicos. Os astrólogos acreditam que isso afeta a
experiência ou vida humana.
ZOMBIE:
(Cadáver reanimado por feitiçaria) É uma deidade de cobra usada ou
vinda do vodu; é o poder sobrenatural que, de acordo com as crenças
do vodu, pode entrar e reanimar um corpo morto.
Conheceis
a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8:32)
PORQUE
EU TENHO QUE ACEITAR JESUS
CRISTO
COMO SALVADOR DA MINHA
VIDA
ETERNA?
R:
Para me tornar filho de DEUS
-
João 1. 11 e 12.
Ele
veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu.
Alguns,
porém, o receberam e creram nele, e ele lhes deu o direito de se
tornarem filhos de DEUS, não por nascimento natural, isto é , como
filhos de um pai humano; foi o próprio DEUS quem lhes deu vida.
Para
ter a vida eterna - João 3 15 e 16.
Para
que todo aquele que nele crê, tenha a vida eterna.
Porque
DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho, para que
todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.
Para
provar que crê em DEUS
_
João 5 . 43 a 47
Pois
eu vim em nome do meu PAI , e vocês não me recebem . Quando alguém
vem em seu próprio nome , esse vocês recebem. _ 43
Como
é que vocês podem crer , se aceitam a aprovação uns dos outros e
não procuram a aprovação que vem do único DEUS? _ 44
Não
pense que vou acusá-lo diante do PAI; Moises é que vai acusá-los
porque é nele que vocês confiam. _ 45
Acreditas
em Moisés, deveriam crê em mim , pois ele escreveu a meu respeito..
46 _
Mas
se vocês não acreditam no que ele escreveu, como vão crer nas
minhas palavras? - 47
Quando
nos tornamos filhos de DEUS
_
II _ Corintios _ 6. 17 ao 18
E
o SENHOR disse ainda: "Vocês precisam deixá-los e separa-se
deles. Não toquem em nada que seja impuro, então eu os aceitarei.
17.
Eu
serei o PAI de vocês, e vocês serão meus filhos e minhas filhas,
diz o Senhor TODO-PODEROSO". . _ 18.
77
- PORQUE DEVO ME BATIZAR NAS ÁGUAS?
R.
Porque tenho de nascer de novo _
João
3. 2 ao 15.
Uma
noite ele foi visitar a JESUS, e disse: 2. Nós sabemos que o SENHOR
é um Mestre enviado por DEUS, pois ninguém pode fazer esses
milagres se DEUS não estiver com ele.
JESUS
respondeu: Eu afirmo ao Senhor que ninguém pode ver o Reino de Deus
se não nascer de novo. 4 Como pode um homem velho nascer de novo? -
Será que pode voltar para a barriga da sua mãe e nascer outra vez?
5 JESUS disse : Eu afirmo que ninguém pode entrar no Reino de Deus
se não nascer da água e do Espírito. _ 6 A pessoa nasce
fisicamente de pais humanos, mas nasce espiritualmente do Espirito de
Deus.- 7 Por isso não se admire deu disser que todos vocês precisam
nascer de novo. - 8 O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que
faz, mas não se sabe de onde vem nem para onde vai. O mesmo acontece
com todos os que nascem do Espírito. _ 9 _ Como pode ser isso?
Perguntou Nicodemos. _ 10 _ JESUS respondeu: - O Senhor é Professor
do povo de Israel e não entende isso? . 11 _ Pois eu afirmo o
seguinte: nós falamos daquilo que sabemos e contamos o que temos
visto, mas vocês não querem aceitar a nossa mensagem. 12 _ Senão
acreditam quando falo das coisas deste mundo , como é que vão
acreditar se eu falar das coisas do Céu? _ 13 _ Ninguém subiu ao
céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
14-
Assim como Moisés levantou numa estaca a serpente de bronze no
deserto, também o Filho do Homem tem de ser levantado, 15 _ para que
todo o que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.
ã
Porque JESUS CRISTO ordenou.
Marcos
16; 15 ao 18
16-
Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será
condenado. 17- Aos que crerem será dado o poder de fazer estes
milagres; expulsar espíritos maus em meu nome e falar novas l
línguas,
18
_ se pegarem em cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum
mal, e, quando puserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão
curados.
ã
João batizou assim. Marcos 1. 1 ao 8
A
Boa-Notícia que fala a respeito de Jesus Cristo(FILHO DE DEUS),
começou como o profeta Isaías tinha escrito. Isaías escreveu o
seguinte: "DEUS disse: Eu mando o meu mensageiro adiante de você
para preparar o seu caminho. 3. Ele está gritando no deserto:
Preparem o caminho para o Senhor passar! Abram estradas retas para
ele." 4. E foi assim que João Batista apareceu no deserto,
batizando o povo e anunciando esta mensagem: -
Arrependam-se
dos seus pecados e seja batizados, que DEUS os perdoará. 5- Todos os
moradores da Região da Judéia e da cidade de Jerusalém iam ouvir
João. Quando confessavam os seus pecados, ele os batizava no Rio
Jordão..7- Dizia ao povo: - Depois de mim vem alguém que é mais
importante do que eu, e não mereço a honra de me baixar e
desamarrar as correias das sandálias dele. Eu batizei vocês com
água, mas ele os batizará com o Espírito Santo.
Jesus
batizou . MARCOS 9 ao 11
Nessa
ocasião Jesus veio a Nazaré, uma pequena cidade da região da
Galiléia, e foi batizado por João Batista no Rio Jordão. 10- No
momento em que saía da água, Jesus viu o céu se abrir e o Espírito
de DEUS descer como pomba sobre ele. 11 E do céu veio uma voz, que
disse : - Tu és o meu filho querido e me dás muita alegria. ã
Porque posso cortar cabelo?
R:.
Porque isso é doutrina de homens e não de DEUS. Colossenses 2 . 20
ao 23
20-
Vocês morreram com CRISTO e estão livres dos Espíritos maus que
dominam o universo. Então, porque é que vocês estão vivendo como
se pertencessem a este mundo? Porque que obedecem a ordens como
estas? 21.- Não pegue nisto", não prove aquilo", "não
toque naquilo"? 22.- Todas essas proibições se referem a
coisas que se tornam inúteis depois de usadas. São penas leis e
ensinamentos humanos. De fato parece que neles há sabedoria, ao
exigirem a adoração forçada dos anjos, a falsa humildade e um modo
severo de tratar o corpo.. Mas tudo isso não tem nenhum valor para
controlar as paixões que levam à imoralidade.
Mateus
23 : 5
5.
Fazem tudo para serem vistos. Vejam como são grandes os trechos das
Escrituras Sagradas, que eles copiam e amarram na testa e nos braços!
E olhem os pingentes grandes das suas capas.
Coríntios
3.16 ao 18
16.
Mas ele pode ser tirado, como dizem as Escrituras Sagradas: O véu de
Moisés foi tirado quando ele se voltou para o Senhor. Aqui a Palavra
Senhor quer dizer o Espírito de DEUS. E onde o Espírito do SENHOR
está presente, aí há liberdade. Portanto, todos nós com o rosto
descoberto, refletimos como um espelho a Glória do Senhor, aquela
Glória vem do Senhor, que é o Espírito. Ela nos torna parecidos
com o Senhor, e assim a nossa Glória vai ficando cada vez maior.
Porque eu tenho que dar dízimo
e
oferta?
R:
Porque é ordem de Deus.
Malaquias
3: 8 ao 10
8-Eu
pergunto: Será que alguém pode roubar a DEUS? "Mas vocês têm
roubado ainda me perguntam: Como é que estamos te roubando? "Vocês
me roubam no dízimo e nas ofertas. 9- Todos vocês estão me
roubando, e por isso eu amaldiçôo a nação toda. Eu O DEUS TODO
PODEROSO, ordeno que tragam todos os seus dízimos aos depósitos do
Templo, para que haja bastante comida em minha casa. Ponha-me a prova
e verão que eu abrirei as janelas do céu e farei cair sobre vocês
as mais ricas bênção.
Levítico 27. 30 ao 34
30-A
décima parte das colheitas, tanto de cereais como das frutas,
pertence ao DEUS ETERNO e será dada a ele. 31-Se o dono quiser
tornar a comprar alguma porção desta décima parte, pagará o preço
marcado, mais um quinto. 32- De cada 10 animais domésticos, um
pertence ao DEUS ETERNO. Quando o dono contar o seu gado as suas
ovelhas e cabras, cada décimo animal pertencerá ao ETERNO. 33-
Qualquer que seja a condição do animal. O dono não poderá trocar
por outro. Mas se houver troca, então os dois animais pertencem ao
ETERNO e não poderão ser comprados de novo. 34- Foram esses os
Mandamentos que o DEUS ETERNO deu a Moisés, no Monte Sinai, para o
povo de Israel.
Joel
1. 13 ao 14
13-Sacerdotes,
vocês quem apresentam as ofertas no altar, vistam sacos de pano
grosseiro e chorem. Servos do meu DEUS, venham ao Pátio do Templo e
chorem a noite inteira, Pois na casa de nosso DEUS não há mais
ofertas de alimento nem de vinho. 14 _ Convoquem uma reunião no
Templo e anunciem um dia de jejum. Reúnam as autoridades e todo o
povo de Judá no Templo do ETERNO, o nosso DEUS, e orem a ele pedindo
socorro.
ã
I-Coríntios 6. 10
Com
certeza vocês sabem que os maus não herdarão o Reino de DEUS. Não
se enganem, não herdarão o Reino de DEUS, os imorais, os que adoram
ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos,
os bêbados, os difamadores, os marginais.
ã
Porque tenho que tomar CEIA?
R:
Para ficar firme e morar com CRISTO.
I
Coríntios 11. 23 ao 26
23.
Porque eu recebi do SENHOR o ensino que passei a vocês: que o SENHOR
JESUS, na noite em que foi traído, pegou o pão. 24- e deu
graças a DEUS. Depois partiu o pão e disse: "Isto é o meu
corpo, que é entregue em favor de vocês, façam isto em memória de
mim". 25-Assim depois de jantar, pegou o cálice e disse: "Este
cálice é o novo acordo feito por DEUS com o seu povo, acordo que é
selado com o meu sangue. Cada vez que vocês beberem deste cálice,
façam isto em memória de mim". Porque cada vez que vocês
comem deste pão e bebem deste cálice, anunciam a morte do SENHOR,
até que ele venha.
João
6. 53
ã
53- Então JESUS disse:
-
Eu afirmo que, se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não
beberem do sangue, não terão vida em vocês mesmos. ã Porque
não devo sair da Igreja?
Hebreus
10. 15 ao 18
15-E
o Espírito Santo nos dá o seu Testemunho sobre isso. Primeiro ele
diz: 16- Quando esse tempo chegar, diz o SENHOR, eu farei com o povo
de Israel este acordo: porei as minhas leis nos seus corações e as
escreverei nas suas mentes." 17- Depois diz: "Não me
lembrarei mais de seus pecados nem das suas maldades. "18-Assim
quando os pecados são perdoados, já não há mais necessidades de
ofertas para tirá-los. ã Porque tenho que obedecer ao Pastor?
17-Obedeçam
aos seus líderes e sigam as suas ordens, pois eles cuidam sempre das
necessidades espirituais de vocês, sabendo que vão prestar contas
disso a DEUS. Se vocês obedecerem, eles farão o trabalho com
alegria, porque, se eles fizerem o trabalho com tristeza, isso não
ajudará vocês em nada. ã Porque não preciso guardar o sábado?
João
5. 8 ao 18
8
Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
9
Imediatamente o homem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a
andar. Ora, aquele dia era sábado.
10
Pelo que disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e
não te é lícito carregar o leito.
11
Ele, porém, lhes respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me
disse: Toma o teu leito e anda.
12
Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito
e anda?
13
Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se retirara,
por haver muita gente naquele lugar.
14
Depois Jesus o encontrou no templo, e disse-lhe: Olha, já estás
curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.
15
Retirou-se, então, o homem, e contou aos judeus que era Jesus quem o
curara.
16
Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no
sábado.
17
Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho
também.
18
Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não
só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio
Pai, fazendo-se igual a Deus.
78
- COMBATE ESPIRITUAL
A
oração é um campo de batalha _ O tempo gasto em oração não
esgota nossos recursos, mas torna-os efetivos.
1.
A REALIDADE DO CONFLITO ESPIRITUAL _ Cada crente está
envolvido num conflito espiritual, quer queira, quer não. Não é
uma escolha. Os problemas que enfrentamos são gerados por forças
satâ nicas _ principados e potestades, governantes do reino das
trevas. (Ef 6:12).
1.1.
Somos seres espirituais e nossa derrota ou vitória é ganha,
antes de tudo, no reino do espírito.
1.2.
Não se pode ignorar que há forças contrarias no reino do
espírito lutando contra nós.
1.3.
O reino das trevas tem uma bem estruturada organização.
Daniel 10:12,13; Lc 4:5,6; Ef 6:12; Ez 28:11-15 são alguns dos
textos que mostram essa realidade.
2.
A REALIDADE DA VITÓRIA EM CRISTO.
2.1.
Jesus despojou as potestades de sua autoridade
(Cl 2:15).
2.2.
Somos conduzidos em triunfo (II Co 2:14). Não somos chamados a
ganhar uma vitória, mas a celebrar a vitória alcançada por Cristo
em nosso lugar.
3.
A REALIDADE DA PROTEÇÃO DIVINA CONTRA OS
ATAQUES DE SATANÁS.
3.1.
A armadura de Efésios 6:10-18 é destinada ao guerreiro de
oração. Serve de proteção contra os ataques inimigos.
3.2.
Como estar protegido contra os ataques na vida de oração.
3.2.1.
Seja forte no Senhor (Ef 6:10).
3.2.2.
Esteja especificamente informado das maquinações inimigas (Ef
6:12)
3.2.3.
Esteja propriamente vestido (Ef 6:11). Revestir-se com a
armadura de Deus está relacionado com o "orando em
todo tempo".
3.2.4.
Seja um intercessor que lança mão da intercessão sobrenatural (Ef
6:18).
4.
A REALIDADE DAS ARMAS ESPIRITUAIS (II Co 10:3-5).
4.1.
A Palavra de Deus é a Espada de Espírito.
Esta é a arma ofensiva usada por Jesus contra Satanás
e é pela mesma arma que alcançamos a vitória.
4.2.
O Nome de Jesus transporta a mais alta autoridade no
mundo do espírito (Fp 2:9,10).
E
Ele nos deu Sua autoridade e o direito de usar Seu
nome (Lc 10:19; Tg 4:7; At 3:6,12,13,16). O poder que está por trás
do Nome de Jesus é o poder do Altíssimo.
Somos exortados a crer nesse Nome (I Jo 3:22,23).
O
Nome de Jesus é a chave que abre os tesouros do céu e fecha os
portões do inferno.
4.3.
O Espírito Santo é outro elemento importante. Temos
uma armadura de proteção e armas, mas é o Espírito
Santo que nos capacita e dá poder para usá-las.
O
Espírito Santo é o poder de Deus.
Quanto mais confiamos e nos submetemos a Ele, tanto
mais efetiva nossa oração. Veja Efésios 3:20.
DORES
DE PARTO
Deus
lança mão de realidades visíveis para nos ensinar as que estão no
reino do espírito. Para que as realidades espirituais se manifestem
na terra, devem ser geradas no espírito e então virão à luz.
1.
DORES DE PARTO é uma expressão que traduz várias palavras
no hebraico: "YALAD" (Gn 38:27), "TELWAG"
(Ex 18:8), "THALAH" (Jr 4:31). Seu significado é:
dar à luz, agir como parteira, trazer à luz filhos, perturbação,
pesar, dor, afetar, orar, uma mulher em dores de parto, trabalho. No
grego temos "ODINO" (Gl 4:19), que quer dizer
"experimentar a dor do parto".
2.
O ESPÍRITO SANTO GEME. _ Romanos 8:22-27 fala do
gemer (dores de parto) da criação, dos homens e do Espírito
Santo. A consciência da dor que precede o nascimento reside
em Deus mesmo, por causa do seu amor perfeito.
Através
da nossa comunhão com Deus adquirimos consciência
desse gemer, desse peso e nos tornamos participantes do sofrimento da
criação. O Espírito Santo traz para nós a
consciência do sofrimento e intercede com gemidos que não podem ser
expressos na articulação comum, isto é, em palavras normais.
3.
É PELAS DORES DE PARTO QUE OS FILHOS VÊM À LUZ. Isaias
declara: "Quem jamais viu tal coisa? Quem viu coisa
semelhante? Pode acaso uma terra nascer num só dia? Ou nasce uma
nação de uma só vez? Pois Sião; antes que lhe viessem as dores,
deu a luz seus filhos" (Is 66:8).
Muitos
textos da Bíblia têm dois sentidos: um natural e outro o sentido
espiritual. Este é um deles. Fala Israel vindo à luz, mas fala
também da Igreja. Hebreus 12:18-23 diz que a Igreja tem chegado a
Sião. Os filhos de Deus são gerados no espírito e
alguém sofre as dores para que elas nasçam.
4.
AS DORES DE PARTO TAMBÉM ESTÃO PRESENTES NO CRESCIMENTO, RUMO À
MATURIDADE PLENA. _ É disso que Paulo fala em Gálatas 4:19. De
novo sente as dores de parto. Experimentou-as primeiro, para que
nascessem e agora para que cresçam.
5.
O Espírito Santo trará ao espírito do crente esse
gemer, essa dor, esse trabalho. O crente deve se submeter a esse
mover e interceder até que os filhos venham à luz.
6.
O Segredo de toda intercessão é a submissão ao
Espírito de Deus em nós. Seguindo Seu
mover em nosso espírito, estaremos em linha com o coração do Pai.
Uma
das razões de falta de vida em muitas igrejas, é que tem havido
muitas adesões, mas não nascidos de novo. Falta quem se entregue a
Deus como instrumento das dores de parto geradas pelo
Espírito Santo.
PESO PODE VIR COMO UM IMPULSO
OU TER UMA LONGA DURAÇÃO.
7.
O PESO REPENTINO _ Há um impulso repentino para orar. O guerreiro de
oração é de repente tomado por um ardente desejo de orar e não se
sente bem enquanto não o faz.
De
repente, também, o peso é levantado e há uma nota de vitória, de
alegria no espírito. Este é sinal de que a intercessão alcançou
seu objetivo.
8.
O PESO A LONGO TERMO _ Este é quando o guerreiro de oração é
levado a orar por um mesmo assunto por um longo tempo. Por exemplo: a
favor dos pescadores, da unidade da igreja, do aviamento, etc.
9.
O Espírito nos faz andar a frente de Satanás em suas maquinações.
Se respondermos a esses pesos de oração, os planos do inimigo serão
frustrados antes da sua manifestação. Nossa vida de oração não
deve ser governada pelos feitos de Satanás. Antes dos seus feitos
podemos alcançar a vitória.
É
IMPORTANTE QUE SE ORE ATÉ QUE O CETRO SEJA LEVANTADO. _ Ester
colocou-se diante do rei até que ele levantou o cetro para ela.
Assim devemos fazer: comparecer perante o Rei até que
em nosso espírito tenhamos o testemunho de que a vitória foi
alcançada e o cetro de Deus foi levantado por nós.
Como saber que isso aconteceu? Como veio o peso,
virá o alívio. Como vieram as lágrimas e gemidos, virá o gozo.
Nosso espírito receberá o testemunho do Espírito Santo
de que está feito.
9.1.OUSADIA
_ Ousadia _ fala de coragem, galhardia, fervor, confiança. Hebreus
4:16 declara: "Acheguemo-nos, portanto, com ousadia, junto
ao Trono da Graça, a fim de recebermos misericórdia em ocasião
oportuna".
A
intercessão exige coragem, disposição, fervor, ousadia. Ousadia
diante de Deus e diante do inferno. Nenhum tímido ou
covarde se colocará diante de Deus a favor dos homens,
nem lutará até a vitória contra Satanás.
NOSSA
OUSADIA VEM DE JESUS. Ele nos garante livre acesso à presença
de Deus, com a garantia de que, em Seu Nome,
os tesouros da graça do Pai estão à nossa
disposição. O mesmo Nome nos dá autoridade sobre os
poderes das trevas.
"Pelo
qual (Jesus) temos ousadia, acesso com confiança, mediante a fé
Nele". (Ef 3:12).O intercessor precisa de ousadia para
ir a outros a quem Deus envia uma mensagem. Na maioria
das vezes o Espírito revela situações para que se
possa orar pelo assunto, mas haverá ocasiões em que Ele
levará o guerreiro de oração a entregar uma mensagem.
ESTA
É UMA ORAÇÃO QUE PODEMOS FAZER A NOSSO FAVOR: POR OUSADIA.- A
igreja de Jerusalém o fez e foi atendida (At 4: 29-31). Paulo pediu
que a igreja orasse para que ele falasse com ousadia, intrepidez (Ef
6;18-20).
A
OUSADIA É UMA CARACTERÍSTICA DO JUSTO. "Fogem os perversos
sem que ninguém os persiga; mas o justo é ousado como o
leão" (Pv 28:1). A justiça de Cristo nos
foi imputada. Deus olha para nós via Jesus e
o inimigo vê em nós um filho de Deus. Podemos estar
diante do trono e podemos saquear o inferno. Também temos uma
mensagem de Deus para homens e vamos entregá-la sem
qualquer temor.
9.2.AUTORIDADE
_ Autoridade é o poder ou direito de comandar ou agir,
domínio ou controle. No grego a palavra é "EXOUSIA"
que significa a habilidade ou força com que é revestido e o
direito de exercer aquele poder.
NINGUÉM
PODE EXERCER AUTORIDADE A MENOS QUE SAIBA QUEM É E QUE DIREITOS TEM
EM CRISTO _ Toda autoridade procede Dele e Ele nos
deu o privilégio de usar seu nome com tudo o que representa no céu,
no inferno e na terra.
O
intercessor tem autoridade de se colocar entre a vida e a morte (Nm
16:48). Essa autoridade repousa sobre a Palavra de Deus
e o nome de Jesus (Is 55:11; Mc 16:17,18; Jo 14:13).
Não
importa o que está acontecendo, a vitória está garantida pela
autoridade e poder do Nome. Quando ele é
proferido o céu entra em operação.
COMO
OBTER O MELHOR DE DEUS NA INTERCESSÃO
1.
COLOQUE A PALAVRA DE DEUS EM SEU DEVIDO LUGAR
_ Sua atitude para com a Palavra de Deus é a mesma
para com o próprio Deus. Você não ama a Deus
mais do que ama a Sua Palavra, pois a Palavra
é o próprio Deus. Você não obedece a Deus
mais do que obedece a Sua Palavra, pois a Palavra
expressa a vontade de Deus. Deus
significa tanto para você quanto Sua Palavra
significa.
1.1.
CONHEÇA A PALAVRA _ É necessário disciplina para se
adquirir um sólido conhecimento da Bíblia. Ninguém poderá orar
efetivamente sem conhecimento da Palavra, pois Deus
é fiel ao que prometeu nela. Deus ouve os pedidos em
harmonia com Sua vontade. Sua vontade
está revelada em Sua Palavra. Deus só
ouve a oração da fé. A fé começa onde Sua vontade
é conhecida e a fé é gerada e alimentada pela Palavra.
1.2.
ORE A PALAVRA _ Toda oração deve ser respaldada pela Palavra
de Deus. Isso fortalecerá a fé e se constituirá em arma
contra o inimigo. Quando oramos a Palavra estamos
orando em linha com o céu. O elo funciona assim:
1.2.1.
Jesus está orando diante de Deus. Ele ora a
Palavra, pois Ele mesmo é a Palavra.
1.2.2.
O Espírito Santo fala do que ouve Jesus
falar. Ele ouve o que Jesus ora e, como habita em nosso
espírito, pode nos comunicar o objeto da oração.
1.2.3.
Nós nos submetemos ao Espírito Santo e dependemos
Dele para nos revelar, através da Palavra
escrita, o que o Senhor Jesus está orando.
1.2.4.
O Espírito Santo nos guia a um texto ou textos que
servirão de base para nossa oração.
1.2.5.
Tomamos aquela palavra e a colocamos diante de Deus, no
espírito de Isaías 62:6 a tradução Ampliada da Bíblia declara:
"... Ó vós (que sois servos e pelas vossas orações)
trazeis o Senhor à lembrança (de Suas promessas)...".
1.2.6.
Quando essa cadeia se completa estamos diante de uma perfeita
sintonia: A Palavra escrita, o crente, o Espírito
Santo e Jesus dizem a mesma coisa diante de
Deus Pai. É uma concordância absoluta. E a promessa
é: "Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que pedirem, ser-lhes-á
concedidas por meu Pai que está nos céus" (Mt 18:19).
A Palavra escrita o intercessor e o Espírito
Santo concordam com Jesus diante do Pai
e, em conseqüência, o poder de Deus será manifesto
na terra.
1.3.
USE A PALAVRA COMO ARMA DE COMBATE ESPIRITUAL _ Efésios 6 é
a armadura que Deus nos deu para a nossa proteção.
São várias peças. Mas há uma única arma ofensiva, e esta é a
INFALÍVEL PALAVRA DE DEUS, ESPADA DE DOIS
GUMES. Essa foi a arma usada por Jesus e deverá ser usada por
nós. A Espada do Espírito é a arma temida por
Satanás. Todo o poder de Deus está por trás da Sua
Palavra e Satanás foge dela. A Palavra em nossos
lábios, diante do inimigo, nos garantirá a vitória contra a dúvida
e os ataques inimigos no reino do espírito.
2.
DEPENDE TOTALMENTE DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE INTERCESSÃO.
2.1.SÓ
O ESPÍRITO SANTO CONHECE AS PROFUNDEZAS DE DEUS. Ele vive em nós e
nos assiste (Rm 8:26,27).
2.2.
O ESPÍRITO NOS DÁ UMA LINGUAGEM DE ORAÇÃO. Isso nos permite orar
por questões que transcendem a mente (I Co 14).
2.3.
Na intercessão tanto podemos orar com a mente, como com o espírito.
Orando no espírito, pelo Espírito Santo, podemos
interceder até nas línguas das nações.
2.4.
A intercessão no espírito permite-nos orar mais (Ef 6:18). Até
quando dormimos o espírito pode permanecer alerta.
2.5.
A oração no espírito é um privilégio do crente.
2.5.1.
Edifica a fé (Judas 20).
2.5.2.
Glorifica a Deus de modo efetivo (At 10:46).
2.5.3.
Faz o crente participante da intercessão do Espírito Santo (Rm
8:26).
2.5.4.
Traz edificações pessoais (I Co 14:4).
2.5.5.
É fonte de descanso (Is 28:11,12).
A
Palavra e o Espírito Santo estão
intimamente ligados. O que toma a Palavra e enche o seu
coração da mesma e se entrega ao Espírito, se torna
ilimitado na vida de intercessão, pois o Espírito e a
Palavra são Deus mesmo em nossos lábios.
Toda oração gerada em nosso Espírito, pelo Espírito
de Deus, respaldada pela Palavra escrita, feita
em fé, na autoridade do nome de Jesus, produzirá seu
efeito na terra.
79
- EVANGELIZAÇÃO ALÉM DAS MURALHAS
DA
IGREJA
A
Igreja ainda não percebeu que evangelizando dentro das suas quatro
paredes, ela efetivamente construiu uma muralha entre si própria e
os não-salvos.
Mais
de mil tribos nunca tiveram um testemunho do Evangelho. Alcançar
estas pessoas, portanto, é o sinal que Cristo predisse, mas que
ainda não foi cumprido.
Este
é o sinal que se refere a você e a mim. Nós estamos autorizados a
alcançarmos os que ainda não foram alcançados com o Evangelho de
Cristo.
É
por isto que estamos fazendo todo o possível para ganharmos almas e
para estimularmos a todos os cristãos a serem ganhadores de almas.
É
por isto que temos desenvolvido todo um arsenal de armas para a
evangelização. Com elas, equipamos os ganhadores de almas ao redor
do mundo para aumentarem a sua colheita de almas, à medida que saem
em busca destes negligenciados.
Estas
foram as ultimas palavras de Cristo para nós. Esta foi a única
coisa que Ele deixou para fazermos. Será que a Igreja já realizou
isto?
APRENDA
COM OS REVOLUCIONÁRIOS
Que
lições práticas para os cristãos são os revolucionários
políticos. Você já pensou nisto?
Eles
invadem e se infiltram nas nações em desenvolvimento. Os seus
líderes retiram-se para as colinas, selvas, e pântanos, e, desses
locais impõem um controle sobre as tribos locais.
Uma
vez entrincheirados no meio destas pessoas esquecidas, onde as
enfermidades e a pobreza crescem assustadoramente, eles organizam
grupos guerrilheiros e começam os seus sucessivos ataques com fugas
rápidas. Primeiramente nas vilas; em seguida, nas cidadezinhas e
cidades maiores; o objetivo deles é sempre uma tomada de poder de
âmbito nacional.
Estes
líderes políticos e mercenários vão para as próprias pessoas que
a Igreja muitas vezes tem negligenciado. Eles pagam qualquer preço e
fazem qualquer sacrifício para viverem nas mais difíceis regiões.
O
mensageiro do Evangelho dos dias de hoje não foi equipado nem
estimulado a alcançar estas pessoas. Em geral, eles quase não
sobreviveriam nestas regiões; assim sendo, estas tribos são
deixadas sem Cristo. Contudo, os insurgentes enviam os seus
professores para viverem de uma forma totalmente indígena e para
fazerem o maior sacrifício _ de suas próprias vidas _ para
organizarem estas tribos em forças que alcancem os seus propósitos.
O
que a Igreja ainda não fez, os revolucionários já fizeram. As
próprias pessoas que são negligenciadas pela Igreja tornam-se uma
estufa para o plantio de sementes inimigas.
80 - CONCLUSÃO
Evangelização:
Lá fora onde as Pessoas estão. Meu Irmão, parabéns você leu este
livro para tanto você inteirou do que esta por traz dos poderes
Satânicos e qual e sua finalidade. Porisso se você ainda não
aceitou a JESUS CRISTO, como único e suficiente Salvador de sua
preciosa alma vivente tome uma posição agora, indo a verdadeira
Igreja do Senhor JESUS CRISTO aqui na terra, porque as portas
do Inferno não prevalecerão contra a Igreja do Senhor , reivindique
o Batismo nas águas e do Espirito Santo de Deus, por que eu quero
encontrar contigo na cidade Quadrangular, andando pelas ruas de ouro,
onde eu e você passaremos a vida eterna.Você é um cidadão do
Reino Celestial, e não pertence a este mundo tenebroso, o
Livre-Árbitrio significa a auto-determinação individual a escolha
é sua onde você passará a vida eterna? Ao homem está previsto
morrer uma só vez vindo o juízo de Deus, onde a pessoa poderá
viver toda eternidade em completo gozo e alegria e ou senão escolheu
a vida(JESUS CRISTO), a vida eterna(homem da perdição)
em completo sofrimento eterno num lugar(Lago de Lodo de Fogo, onde o
fogo não apaga e o verme não morre) reservado desde a fundação da
terra para Satanás (Diabo) e os seus Demônios , estes já
condenados.
Creia
na Palavra de Deus. E que Deus ilumine a sua vida para que você faça
a escolha.
Doação
Faça
um voto com "Deus" , ajudando este ministério, adquirindo
livros e doando aos amigos e irmãos.
Querido
irmãos se o Espiríto Santo de Deus, colocou em seu coração o
desejo de cooperar com este ministério doando sua oferta, peço para
depositar na conta corrente abaixo, que o senhor Jesus Cristo o
abençoe ricamente, com as mais de 8.000 promessas da bíblía.
e-mail:
Hermes_campos@hotmail.com,
hermes_campos2005@yahoo.com.br
fone
: (67) – 9605-1050 – 9959-8872
“
PR.HERMES
DE CAMPOS PINTO
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Blasfêmia
contra o Espírito Santo
Poucos
tópicos bíblicos geram mais discussão do que a blasfêmia contra o
Espírito Santo. Todos parecem saber que esse pecado é imperdoável,
mas as opiniões diferem amplamente quanto ao que ele é. Alguns
dizem que é suicídio, outros que é adultério, e ainda outros
pensam que se refere à rejeição do evangelho depois que o Espírito
Santo veio no dia de Pentecostes. Quase ninguém se detém para
examinar os contextos das referências à blasfêmia contra o
Espírito Santo. Como acontece com todos os outros assuntos, a
análise disciplinada e cuidadosa do texto esclarece a confusão.
Infelizmente, muitas pessoas religiosas desenvolveram o hábito de
resolver os assuntos sem nem mesmo olhar para o texto, muito menos
estudá-lo atentamente. Os textos relevantes são encontrados nos
três primeiros evangelhos. Em Mateus 12, as afirmações de Jesus
sobre blasfemar contra o Espírito Santo ocorreram quando ele curou
um homem cuja possessão pelo demônio o havia feito cego e mudo. Em
Marcos 3, a cura não é mencionada, mas a maioria d que Jesus disse
na ocasião é. Lucas registra a cura no capítulo 11 e menciona a
blasfêmia contra o Espírito Santo em 12:10.
O Contexto
"Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios" (Mateus 12:22-24)). Note três coisas. Primeiro, Jesus curou um homem que era cego e mudo. Há simplicidade impressionante no modo como Mateus registrou o milagre: ele simplesmente disse que o homem falou e viu. Segundo, a multidão viu o que Jesus fez e começou a concluir que ele poderia ser o Filho de Davi; isto é, o Messias. Terceiro, os fariseus ouviram o que o povo estava dizendo e decidiram que eles tinham que descobrir algum plano radical para calar a influência de Jesus. Eles o acusaram de expelir demônios pelo poder de Satanás. Eles estavam tentando neutralizar o efeito dos milagres de Jesus e impedir os outros de crerem nele. Esta era uma manobra brilhante por parte dos inimigos de Jesus porque não somente explicava suas grandes obras, mas lançava uma sombra de suspeita sobre ele. Era imperativo que ele respondesse convincentemente à acusação deles.
A Defesa de Jesus
"Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem expulsam os vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa" (Mateus 12:25-29).
Jesus respondeu com três pontos. Primeiro, ele mostrou que era ilógico pensar que Satanás estava lutando consigo mesmo. É difícil imaginar que o diabo pudesse ser tão tolo. Poucos procuram ferir a si mesmos, e aqueles que o fazem provavelmente não sobreviverão por muito tempo. Se, de fato, o diabo tivesse começado a atacar a si mesmo e aos seus próprios servos, então todos poderiam deixar de se preocupar com ele, porque seu reino logo desapareceria. Segundo, Jesus questionou os fariseus sobre os outros que estavam expelindo demônios. Ele estava, provavelmente, se referindo a pessoas a quem ele tinha dado o poder de expelir demônios (veja Mateus 10:1; Lucas 9:49-50; 10:1, 17). Muitos destes eram, provavelmente, filhos dos próprios fariseus. Conquanto eles pudessem levianamente acusar Jesus de expelir demônios em aliança com o diabo, certamente eles não estariam querendo dizer o mesmo de seus próprios filhos.
Finalmente, Jesus mostrou como sua expulsão de demônios era parte do programa do reino. A missão de Jesus era tirar pessoas do domínio de Satanás. Antes dele vir, Satanás podia, por causa do pecado, declarar que todos os homens eram sua propriedade. Jesus veio para perdoar os pecados e assim "roubar" do diabo aquelas almas que ele tinha considerado como suas possessões. Para poder roubar a casa de um valente, contudo, precisa-se primeiro amarrá-lo, antes de tirar seus bens. Isto é o que Jesus estava fazendo ao expelir demônios. Ele estava amarrando Satanás para que ele pudesse tomar as almas que tinham estado sob o controle do diabo. Este era um conflito entre dois reinos. Jesus, libertando os homens do domínio demoníaco, estava demonstrando que sua soberania era superior à de Satanás.
A Advertência de Jesus
"Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha. Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir" (Mateus 12:30-32). Aqui, Jesus advertiu sobre a necessidade de decidir em que lado estar. A guerra torna a neutralidade impossível. Temos que servir a Jesus ou a Satanás.
Jesus também advertiu sobre o perigo de blasfemar contra o Espírito Santo. Sabemos que Jesus expelia demônios pelo poder do Espírito Santo: "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós" (Mateus 12:28). Então, quando eles o estavam acusando de expelir demônios por Belzebu, o rei dos demônios, eles estavam blasfemando contra o Espírito Santo, o verdadeiro poder através do qual estas grandes coisas estavam sendo executadas. Eles não somente testemunharam a forma humana de Jesus, mas viram a demonstração do Espírito Santo. Pode ter sido perdoável terem deixado de reconhecê-lo como um homem, mas desde que Deus tinha posto seu Espírito dentro dele (Mateus 12:18), eles não tinham desculpa.
Ligue estas afirmações sobre o perigo de blasfemar contra o Espírito Santo com o próximo ponto que Jesus afirmou: "Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mateus 12:33-37). Jesus estava mostrando que o problema da blasfêmia é muito mais sério do que meras palavras por si mesmas. O que dizemos revela o que somos. Se alguém examina o conteúdo do balde, sabe o que está no fundo o poço. Se alguém examina as palavras que são faladas, ele sabe o que está no coração. Palavras são sinais de caráter. E isto não é verdade somente quanto a palavras de blasfêmia, é verdadeiro também quanto a palavras de confissão. Paulo escreveu: "Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Romanos 10:9-10). Não é que as palavras, em si mesmas, tenham algum poder mágico, supersticioso, mas é que as palavras mostram algo mais profundo sobre nós.
Quando os acusadores de Jesus o acusaram de expelir demônios pelo diabo, mostraram uma profunda dureza de coração. Assim como o homem falou e viu, assim os inimigos viram o Espírito expelir demônios e falaram contra ele. Estavam tão empedernidos contra a verdade que podiam realmente testemunhar os maravilhosos milagres e santidade de Jesus e, ainda assim, acusá-lo, sem hesitar, de estar aliado ao diabo. Eles estavam extremamente cegos e corrompidos. Enquanto outras blasfêmias podiam ser perdoadas, a blasfêmia deles contra Jesus demonstrava um grau de dureza espiritual que poderia tornar impossível para eles o arrependerem-se. O problema aqui é o problema deles, não de Deus. Deus tem capacidade ilimitada para perdoar a qualquer que o busque, mas estas pessoas não tinham coração para buscá-lo. Portanto, eles nunca seriam perdoados.
Lições Práticas
Considere três pensamentos práticos. Primeiro, Jesus demonstrou uma admirável capacidade para superar objeções. Ele calmamente respondeu a cada acusação e combinou a resposta com um importante ensinamento. Ele nunca ficava frustrado, mas sempre respondia perfeitamente. Segundo, ver milagres não mudava os inimigos de Jesus. Eles eram incorrigíveis. Nós também podemos desenvolver corações endurecidos. Hoje, alguns pensam que creriam se apenas pudessem ver Jesus vivo fisicamente na terra, novamente, e testemunhar alguma grande demonstração de poder. Estes o viram, mas isso não teve efeito. O fato que muitos hoje recusam Jesus é por causa de seus corações endurecidos, não por causa de evidência insuficiente. Finalmente, considere a importância das coisas que dizemos. Somos responsáveis por nossas palavras e atos. O que dizemos e fazemos reflete nossa verdadeira natureza. Não há nada que saia de nossa boca que não estivesse antes em nossa mente. Precisamos vigiar nossa língua... e nosso coração.
O Contexto
"Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios" (Mateus 12:22-24)). Note três coisas. Primeiro, Jesus curou um homem que era cego e mudo. Há simplicidade impressionante no modo como Mateus registrou o milagre: ele simplesmente disse que o homem falou e viu. Segundo, a multidão viu o que Jesus fez e começou a concluir que ele poderia ser o Filho de Davi; isto é, o Messias. Terceiro, os fariseus ouviram o que o povo estava dizendo e decidiram que eles tinham que descobrir algum plano radical para calar a influência de Jesus. Eles o acusaram de expelir demônios pelo poder de Satanás. Eles estavam tentando neutralizar o efeito dos milagres de Jesus e impedir os outros de crerem nele. Esta era uma manobra brilhante por parte dos inimigos de Jesus porque não somente explicava suas grandes obras, mas lançava uma sombra de suspeita sobre ele. Era imperativo que ele respondesse convincentemente à acusação deles.
A Defesa de Jesus
"Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem expulsam os vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa" (Mateus 12:25-29).
Jesus respondeu com três pontos. Primeiro, ele mostrou que era ilógico pensar que Satanás estava lutando consigo mesmo. É difícil imaginar que o diabo pudesse ser tão tolo. Poucos procuram ferir a si mesmos, e aqueles que o fazem provavelmente não sobreviverão por muito tempo. Se, de fato, o diabo tivesse começado a atacar a si mesmo e aos seus próprios servos, então todos poderiam deixar de se preocupar com ele, porque seu reino logo desapareceria. Segundo, Jesus questionou os fariseus sobre os outros que estavam expelindo demônios. Ele estava, provavelmente, se referindo a pessoas a quem ele tinha dado o poder de expelir demônios (veja Mateus 10:1; Lucas 9:49-50; 10:1, 17). Muitos destes eram, provavelmente, filhos dos próprios fariseus. Conquanto eles pudessem levianamente acusar Jesus de expelir demônios em aliança com o diabo, certamente eles não estariam querendo dizer o mesmo de seus próprios filhos.
Finalmente, Jesus mostrou como sua expulsão de demônios era parte do programa do reino. A missão de Jesus era tirar pessoas do domínio de Satanás. Antes dele vir, Satanás podia, por causa do pecado, declarar que todos os homens eram sua propriedade. Jesus veio para perdoar os pecados e assim "roubar" do diabo aquelas almas que ele tinha considerado como suas possessões. Para poder roubar a casa de um valente, contudo, precisa-se primeiro amarrá-lo, antes de tirar seus bens. Isto é o que Jesus estava fazendo ao expelir demônios. Ele estava amarrando Satanás para que ele pudesse tomar as almas que tinham estado sob o controle do diabo. Este era um conflito entre dois reinos. Jesus, libertando os homens do domínio demoníaco, estava demonstrando que sua soberania era superior à de Satanás.
A Advertência de Jesus
"Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha. Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir" (Mateus 12:30-32). Aqui, Jesus advertiu sobre a necessidade de decidir em que lado estar. A guerra torna a neutralidade impossível. Temos que servir a Jesus ou a Satanás.
Jesus também advertiu sobre o perigo de blasfemar contra o Espírito Santo. Sabemos que Jesus expelia demônios pelo poder do Espírito Santo: "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós" (Mateus 12:28). Então, quando eles o estavam acusando de expelir demônios por Belzebu, o rei dos demônios, eles estavam blasfemando contra o Espírito Santo, o verdadeiro poder através do qual estas grandes coisas estavam sendo executadas. Eles não somente testemunharam a forma humana de Jesus, mas viram a demonstração do Espírito Santo. Pode ter sido perdoável terem deixado de reconhecê-lo como um homem, mas desde que Deus tinha posto seu Espírito dentro dele (Mateus 12:18), eles não tinham desculpa.
Ligue estas afirmações sobre o perigo de blasfemar contra o Espírito Santo com o próximo ponto que Jesus afirmou: "Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mateus 12:33-37). Jesus estava mostrando que o problema da blasfêmia é muito mais sério do que meras palavras por si mesmas. O que dizemos revela o que somos. Se alguém examina o conteúdo do balde, sabe o que está no fundo o poço. Se alguém examina as palavras que são faladas, ele sabe o que está no coração. Palavras são sinais de caráter. E isto não é verdade somente quanto a palavras de blasfêmia, é verdadeiro também quanto a palavras de confissão. Paulo escreveu: "Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Romanos 10:9-10). Não é que as palavras, em si mesmas, tenham algum poder mágico, supersticioso, mas é que as palavras mostram algo mais profundo sobre nós.
Quando os acusadores de Jesus o acusaram de expelir demônios pelo diabo, mostraram uma profunda dureza de coração. Assim como o homem falou e viu, assim os inimigos viram o Espírito expelir demônios e falaram contra ele. Estavam tão empedernidos contra a verdade que podiam realmente testemunhar os maravilhosos milagres e santidade de Jesus e, ainda assim, acusá-lo, sem hesitar, de estar aliado ao diabo. Eles estavam extremamente cegos e corrompidos. Enquanto outras blasfêmias podiam ser perdoadas, a blasfêmia deles contra Jesus demonstrava um grau de dureza espiritual que poderia tornar impossível para eles o arrependerem-se. O problema aqui é o problema deles, não de Deus. Deus tem capacidade ilimitada para perdoar a qualquer que o busque, mas estas pessoas não tinham coração para buscá-lo. Portanto, eles nunca seriam perdoados.
Lições Práticas
Considere três pensamentos práticos. Primeiro, Jesus demonstrou uma admirável capacidade para superar objeções. Ele calmamente respondeu a cada acusação e combinou a resposta com um importante ensinamento. Ele nunca ficava frustrado, mas sempre respondia perfeitamente. Segundo, ver milagres não mudava os inimigos de Jesus. Eles eram incorrigíveis. Nós também podemos desenvolver corações endurecidos. Hoje, alguns pensam que creriam se apenas pudessem ver Jesus vivo fisicamente na terra, novamente, e testemunhar alguma grande demonstração de poder. Estes o viram, mas isso não teve efeito. O fato que muitos hoje recusam Jesus é por causa de seus corações endurecidos, não por causa de evidência insuficiente. Finalmente, considere a importância das coisas que dizemos. Somos responsáveis por nossas palavras e atos. O que dizemos e fazemos reflete nossa verdadeira natureza. Não há nada que saia de nossa boca que não estivesse antes em nossa mente. Precisamos vigiar nossa língua... e nosso coração.
O
Problema do Pecado
Desde Adão e Eva, o pecado tem
corrompido nosso mundo e manchado nossas vidas. Deus ofereceu aos
homens inúmeras oportunidades para serem limpos do pecado, mas as
pessoas, egoístas, concupiscentes, continuam pecando. O problema é
tão difundido que Paulo afirmou: "Pois todos pecaram e
carecem da gloria de Deus" (Romanos 3:23) e
"...assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram" (Romanos 5:12). Na verdade, aqui temos um
problema.
A
Culpa do Homem Pelo Pecado
O mais completo argumento da
Bíblia sobre o assunto da culpa humana é encontrado nos capítulos
da abertura do livro de Romanos. Paulo principia com a mensagem do
evangelho da salvação para os judeus e gentios (Romanos 1:16). O
fato que os homens precisam de salvação implica em que eles estão
perdidos, separados de Deus pela barreira do pecado (veja Isaías
59:1-2). Paulo desenvolve sua tese muito claramente, começando pelos
gentios e então voltando para os judeus.
Paulo disse que os gentios eram
culpados porque tinham fechado seus olhos à evidência da existência
e justiça de Deus. Eles não glorificavam a Deus, em vez disso
adoravam a criatura antes que o Criador (Romanos 1:25). Tal rejeição
da pessoa de Deus levou rapidamente à rejeição de seus princípios:
"Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames,
porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações
íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os
homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram
mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens,
e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro"
(Romanos 1:26-27). Não somente tais pessoas começaram a praticar o
homossexualismo, mas também acrescentaram malícia, avareza,
homicídio, desobediência aos pais e vários outros pecados dignos
de morte (Romanos 1:28-32). É com tristeza que vemos este antigo
cenário sendo repetido hoje em dia. Numa época em que a evolução
nega a existência de Deus, religiões politeístas e místicas estão
se tornando crescentemente proeminentes e homens estão defendendo
como "normal" toda a perversão da lei de Deus, desde a
desonestidade à homossexualismo e ao adultério.
Pessoas religiosas,
freqüentemente, acham muito fácil condenar tais horríveis pecados.
Mas Paulo não parou depois de definir o mal dos gentios. Ele
imediatamente voltou sua atenção para aqueles que deveriam ser
considerados o povo mais espiritual de sua época, os judeus. Estes
descendentes de Abraão conheciam a lei e aborreciam a carnalidade
dos gentios. Mas seriam eles melhores por isso? Paulo não deixou
espaço para auto-justificação quando se voltou para os judeus e
perguntou: "Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus
pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é
blasfemado entre os gentios por vossa causa" (Romanos
2:23-24).
Finalmente, Paulo mostrou que os
dois grupos gentios e judeus tinham uma coisa em comum: "Pois
todos pecaram e carecem da gloria de Deus" (Romanos
3:23). Muitas outras passagens ilustram este ponto e, muito
significativamente para nós, demonstram claramente nossa própria
culpa. Se todos pecaram, então eu tenho pecado. Eu o desafio a ler
as passagens do Novo Testamento que relacionam os pecados,
considerando cuidadosamente sua própria vida. Dê uma olhada
cuidadosa a 1 Coríntios 6:9-11; Gálatas 5:19-21; Efésios 5:3-7;
Colossenses 3:5-11; 2 Timóteo 3:1-5 e Apocalipse 21:8. Toda pessoa
honesta e responsável perceberá, por estas passagens, que está
condenada pelo pecado. Quando Deus relaciona tais pecados, está
claramente pronunciando nossa culpa. Fazer o que Deus proibiu é
pecado (1João 3:4). Não fazer o que ele exigiu é pecado (Tiago
4:17). A conseqüência do pecado é a eterna separação de Deus
(Romanos 6:23; 2 Tessalonicenses 1:8-9). Eu tenho pecado. Você tem
pecado. Necessitamos do perdão misericordioso de Deus.
A
Culpa dos Pecadores e a Inocência das Crianças
Não é facil encarar nossa
culpa. Algumas pessoas têm feito esforços dramatícos para
minimizar esta culpa. Dois esforços destes merecem nossa atencão.
1. O esforco para redefinir o
pecado. "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal;
que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por
doce e o doce, por amargo!" (Isaías 5:20). Algumas
pessoas, por exemplo, defendem a mentira comum que o comportamento
homossexual é um resultado incontrolável da genética, em vez de
uma decisão de pecar. Deus, que criou o homem e projetou a genética
da reprodução, disse que o comportamento homossexual é
desobediência à sua vontade (Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9-11).
Outros definem o pecado divulgando o mito amplamente aceito de que
"todos" têm relações sexuais antes do casamento. Muitas
igrejas emprestam seu apoio à imoralidade sancionando casamentos que
Deus não autorizou e recusando identificar claramente e condenar
qualquer forma do pecado (1 Tessalonicenses 5:21-22). Deus, através
de Jeremias, falou dos falsos mestres que davam um falso sentido de
segurança, deixando de pregar as terríveis conseqüências do
pecado: "Como, pois, dizeis: Somos sábios, e a lei do
Senhor está conosco? Pois, com efeito, a falsa pena dos escribas a
converteu em mentira... Curam superficialmente a ferida do meu povo,
dizendo: Paz, paz; quando não há paz" (Jeremias
8:8,11).
2. A afirmação de que
herdamos a culpa pelo pecado. Se a herdei, não é minha falta.
Muitas igrejas ensinam que a mancha do pecado é herdada, assim
removendo a responsabilidade do pecador e atirando-a nas costas dos
seus ancestrais, e por aí a fora até Adão. Para defender esta
idéia, eles freqüentemente apelam para tais passagens poéticas
como o grito por misericórdia de Davi, cheio de remorso, no qual ele
se sentia tão longe de Deus que era como se nunca o tivesse
conhecido (Salmo 51:5). Enquanto o contexto está claramente falando
da própria culpa de Davi por causa de seu adultério com Bate-Seba e
o assassinato de Urias, há quem tente usar esta passagem para negar
outras claras afirmações da Escritura. Por exemplo, Deus disse:
"A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a
iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho; a justica do
justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre
este" (Ezequiel 18:20). Jesus nunca ensinou que as
crianças fossem pecadoras. Em contraste, ele disse que precisamos
tornar-nos como crianças para entrar no reino do céu (Mateus
18:3-4; 19:14). Estará ele dizendo que precisamos tornar-nos
pecadores para entrar no reino? Certamente que não! Precisamos
tornar-nos humildes e sem pecado como crianças inocentes para entrar
no seu reino. Meu pecado não é falta dos meus pais, ou avós, ou
Adão e Eva. Meu pecado é minha falta!
Conclusões
Doutrinárias e Práticas
Um entendimento correto da
doutrina bíblica do pecado nos permitirá evitar muitos erros
perigosos na doutrina e na prática. Pense nestas implicações do
fatos bíblicos que temos examinado.
1. Maria não era sem pecado.
A doutrina da Imaculada Conceição, junto com idéias relacionadas
com ela, como a Perpétua Virgindade de Maria, são meros mitos
construídos pelos homens sobre a fundação falsa da doutrina do
pecado herdado. Maria está incluída em Romanos 3:23 ("Todos
pecaram") justamente como eu estou. Ela nasceu pura e
inocente. Todos os seus filhos nasceram puros e inocentes. Mas Maria
pecou, e todos os seus filhos (exceto um) pecaram. Somente Jesus
conseguiu resistir às tentações deste mundo (1 Pedro 2:21-22).
2. Jesus não herdou a mancha
do pecado porque nenhuma criança herda o pecado. A pureza de
Jesus, quando nasceu, nada tinha a ver com qualquer Imaculada
Conceição de sua mãe para quebrar a maldição herdada do pecado.
A culpa não é herdada, nem por Jesus, nem por nossos filhos ou
netos. É por isto que não existe nenhuma razão bíblica para se
batizarem as crianças. A Bíblia nunca ordena isso e não fornece
nenhum exemplo de batismo de crianças. A prática de batizar recém
nascidos é de origem humana, e não de Deus.
3. Eu pequei, e preciso do
perdão de Deus. Lembre-se da tese dos primeiros capítulos de
Romanos. O evangelho é o poder de Deus para salvar. Os gentios
pecaram e por isso precisavam da salvação. Os judeus pecaram, e por
isso precisavam do perdão. Todos pecaram. Todos nós precisamos do
perdão misericordioso de Deus para escapar da eterna conseqüência
de nosso pecado (Romanos 6:23)
4. O homem criou a barreira do
pecado; somente Deus pode removê-la. O grito terrível de Paulo
em Romanos 7:24 sugere a intransponível barreira do pecado:
"Desventurado homen que sou! Quem me livrará do corpo
desta morte?" Eu criei minha própria situação, mas
não tenho poder para libertar-me Precisamente no próximo versículo,
Paulo responde sua própria pergunta: "Graças a Deus por
Jesus Cristo, nosso Senhor." Todas as boas obras que um
homen possa fazer não são suficientes para saldar a dívida do
pecado. Somente o sangue de um sacrifício sem pecado poderá fazer
isso (Efésios 2:7-9)
Deus quer remover a barreira do
pecado e restaurar a camaradagem da qual nos privamos por nosso
pecado. Mas ele não nos forçará a voltar. Ele oferece a
oportunidade, e temos que responder. Temos que mostrar que o amamos
bastante para obedecer a sua palavra (João 14:15,23). Isso significa
que admitiremos humilde e voluntariamente nossos pecados e nos
afastaremos deles, confessaremos nossa fé em Jesus como o Filho de
Deus e permitiremos que ele nos lave desses pecados no batismo (Atos
2:38; Romanos 10:9-10; Atos 22:16; Colossenses 2:11-13).
Depois de tudo o que fizemos
contra Deus, que maravilhoso privilégio é que ele ainda nos permita
a oportunidade de obedecê-lo e de sermos chamados seus filhos.
A
origem de Satanás
"O Velho Testamento indica que Satanás foi criado por Deus como um anjo governante chamado Lúcifer, com grandes poderes. Mas o orgulho levou Lúcifer a se rebelar contra Deus (conforme Isaías 14:12-14; Ezequiel 28:12-15). Torcido agora pelo pecado, Lúcifer é transformado em Satanás, que quer dizer `inimigo´ ou `adversário´ ...Satanás é um poderoso anjo decaído, intensamente hostil a Deus e antagonista do povo de Deus." (páginas 245, 801).
Pergunte à maioria das pessoas que crêem na Bíblia de onde veio Satanás e nove entre dez lhe darão uma versão da história citada acima. A idéia de que Satanás é um anjo decaído a quem Deus expulsou do céu e que caiu na terra é tão espalhada que muitas pessoas acreditam que a Bíblia a ensina.
Pode surpreendê-lo descobrir que a Bíblia não ensina tal coisa. É certo que há passagens na Bíblia que falam de seres caindo do céu, mas não são sobre Satanás e usam linguagem figurativa. Somente por uma leitura descuidada destes textos pode alguém chegar à história popular relativa à origem de Satanás. Examinemos as passagens bíblicas relevantes, no contexto.
Quem é Satanás?
Onome "Satanás" é uma transliteração do hebraico satan, indicando um acusador no sentido legal, um queixoso que tem uma acusação a apresentar. Em Zacarias 3:1 lemos "Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor." Numa palavra, Satanás se opõe a nós, trabalha contra nós, ou "nos persegue", na tentativa de nos derrotar espiritual e moralmente. Jesus chamou-o homicida e mentiroso, em João 8:44. Em Apocalipse 12:9, João retrata Satanás como um grande dragão, uma representação que ressalta sua terrível natureza. Esse mesmo versículo identifica-o como a serpente (uma referência a Gênesis 3) e como o diabo, que é outro nome bíblico comum para ele. Talvez 1 Pedro 5:8 nos diga o que mais precisamos saber a respeito dele: "O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar".
A ênfase bíblica está no que Satanás é em relação conosco (um inimigo). Algumas pessoas, contudo, pensam que certos textos bíblicos vão mais além e nos dizem como Satanás veio a se tornar assim. Examinemos estes textos cuidadosamente.
Isaías 14:12-14
Esta passagem diz: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Você notará imediatamente que esta passagem não menciona Satanás por nenhum de seus nomes bíblicos comuns. Pode-se extrair deste texto uma teoria da origem de Satanás somente assumindo que esta passagem descreve-o, e ignorando o contexto desta passagem na mensagem de Isaías.
Isaías não estava discutindo Satanás em Isaías 14, nem a origem de Satanás de modo nenhum faz parte desta mensagem do profeta. Se dissermos que este texto é sobre a origem de Satanás, isso simplesmente torna sem sentido o contexto mais amplo. Isaías profetizou durante os reinados dos reis hebreus Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias (Isaías 1:1). Seu ministério abrangeu (aproximadamente) os anos 750 - 686 a.C., uns 65 anos, no máximo. Este foi um tempo quando o povo de Deus tinha se tornado corrompido pela idolatria. Deus enviou Isaías para pregar o arrependimento ao seu povo e para adverti-lo de que um fracasso em voltar-se da idolatria significaria desastre em escala nacional. Isaías pregou a ambos os reinos de Israel e Judá, cumprindo sua missão dizendo aos povos desses reinos que eles sofreriam terrivelmente se recusassem arrepender-se. Isaías 10:5-6 resume a mensagem ao reino do norte. Há linguagem semelhante (13:3-6) reservada para o reino do sul, o reino contra o qual Deus enviaria os babilônios.
A mensagem de Isaías não era completamente de desânimo e condenação. Os assírios e os babilônios, ele pregou, eram simplesmente instrumentos que Deus usaria para punir o seu povo. Uma vez que Deus tivesse usado essas nações para seus propósitos, Ele se voltaria e aplicaria seu julgamento sobre eles, pela impiedade deles próprios. É uma mensagem da soberania de Deus em ação que causa reverência e temor nos ouvintes. A Babilônia cairia, e depois disso Deus renovaria e reuniria seu povo e lhes daria uma gloriosa e nova existência. Isaías 14 é sobre a queda do império babilônico. Isaías diz aos habitantes do reino sulista de Judá que, depois que eles tivessem sofrido o castigo, viria o dia quando eles poderiam ver a queda de seu opressor e escarnecer de Babilônia do modo como esta tinha escarnecido de Judá. Veja os versículos 4 e seguintes. Isto é sobre Babilônia.
Ora, porque Isaías começaria o capítulo falando sobre a queda de Babilônia, interromperia com uma descrição da origem de Satanás, e então recomeçaria a falar sobre a queda de Babilônia? Simplesmente não faz qualquer sentido aqui no contexto ver 14:12-14 como sendo sobre a origem de Satanás. O fato é que Isaías estava descrevendo para povo de Judá o que eles estariam dizendo quando zombassem do rei de Babilônia que tinha sido rebaixado e decaído do poder (versículo 4). As mesas virariam, e Isaías está descrevendo a ironia de tudo isso. Até mesmo a leitura corrida da passagem revela que a linguagem aqui é poética e figurativa, e temos que tratá-la de acordo. "Céu" no versículo 12 é linguagem figurativa para o que é alto e exaltado, e Isaías está aqui descrevendo a alta consideração em que o rei de Babilônia era tido. O profeta descreve sua queda do poder figurativamente, como uma queda do céu. Então ele chama o rei de Babilônia, também usando linguagem figurada, a "estrela da manhã". Na sua glória, durante algm tempo, o soberano de Babilônia era como uma estrela brilhante no céu. Contudo, seu reinado e seu poder cairiam, e, mantendo as imagens, Isaías pinta sua extinção como uma estrela cadente.
Parte da incompreensão popular desta passagem resulta do aparecimento da palavra "Lúcifer" em algumas versões do versículo 12. A palavra hebraica em questão aqui é helel, que significa "estrela da manhã" e não tem nenhuma ligação com Satanás. "Lúcifer" é uma velha palavra latina que originalmente significava "portador da luz" e era o nome do planeta Vênus sempre que aparecia no céu matinal. Na época que esta palavra foi usada nas traduções deste versículo, "Lúcifer" não significava Satanás. Infelizmente, para muitas pessoas, hoje em dia, Lúcifer é o nome de Satanás (porque Isaías 14:12-14 é aceito como sendo sobre Satanás!). Não é porque os tradutores erraram, mas porque pessoas de tempos posteriores, ou esqueceram o que Lúcifer significava ou concluíram erradamente que era o nome de Satanás, ou ambos.
Isaías 14:13 recita a jactância arrogante do rei babilônico. Certa vez ele pensou que era o maior do mundo, que tinha poder e autoridade igual à do próprio Deus. Uma das características do retrato profético de Babilônia é seu grande orgulho. Contudo, Deus rebaixaria seu rei ao mais baixo nível imaginável para a mente hebraica: o Sheol, o reino dos mortos (versículo 15). Os versículos 9-11 descrevem como os habitantes do Sheol ficariam surpresos porque alguém que pensava ser tão "alto" estava agora entre eles, num lugar tão "baixo". O ponto é que o rei babilônico foi do extremo da exaltação mundana para a extrema humilhação, e isto era um feito de Deus, o julgamento de Deus. A coisa toda é um quadro, uma imagem, e não uma narrativa histórica literal. A ênfase está no contraste entre as condições do soberano babilônico "antes" e "depois". As pessoas, então, olhariam para o fracasso do rei babilônico e perguntariam: "É este o homem que fazia a terra tremer, que sacudia reinos, que fazia do mundo um deserto, derrubava suas cidades, que não permitia aos seus prisioneiros voltar para casa?" (versículos 16-17).
Você vê, então, que quando examinamos Isaías 14:12-14 em seu contexto, ele não nos diz nada sobre a origem de Satanás. É uma descrição figurativa da queda do rei de Babilônia.
Ezequiel 28:12-16
Outra suposta passagem sobre a origem de Satanás é Ezequiel 28:12-16, onde se lê: "... Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei profanado fora do monte de Deus, e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras."
A referência ao Éden é, para muitos, um indicador seguro de que esta passagem tem que ser sobre a origem de Satanás. Não importa que Satanás já fosse o inimigo do homem no Éden! Mas, novamente, é somente aceitando que esta passagem é sobre Satanás (a própria coisa que precisa ser provada) que podemos lê-la desse modo. O contexto aqui argumenta em outra direção.
As palavras de Ezequiel aqui dizem respeito ao rei de Tiro. Os versículos 1 e 11 tornam isto claro. O capítulo 27 é sobre a queda da nação, e o capítulo 28 é especialmente sobre a queda do rei dessa nação. Prestar um pouco de atenção ao contexto esclarece muito! Exatamente como na passagem de Isaías, tomar as palavras do profeta como descritivas de Satanás e sua "queda" é fazer deste capítulo um completo contra-senso.
"O Velho Testamento indica que Satanás foi criado por Deus como um anjo governante chamado Lúcifer, com grandes poderes. Mas o orgulho levou Lúcifer a se rebelar contra Deus (conforme Isaías 14:12-14; Ezequiel 28:12-15). Torcido agora pelo pecado, Lúcifer é transformado em Satanás, que quer dizer `inimigo´ ou `adversário´ ...Satanás é um poderoso anjo decaído, intensamente hostil a Deus e antagonista do povo de Deus." (páginas 245, 801).
Pergunte à maioria das pessoas que crêem na Bíblia de onde veio Satanás e nove entre dez lhe darão uma versão da história citada acima. A idéia de que Satanás é um anjo decaído a quem Deus expulsou do céu e que caiu na terra é tão espalhada que muitas pessoas acreditam que a Bíblia a ensina.
Pode surpreendê-lo descobrir que a Bíblia não ensina tal coisa. É certo que há passagens na Bíblia que falam de seres caindo do céu, mas não são sobre Satanás e usam linguagem figurativa. Somente por uma leitura descuidada destes textos pode alguém chegar à história popular relativa à origem de Satanás. Examinemos as passagens bíblicas relevantes, no contexto.
Quem é Satanás?
Onome "Satanás" é uma transliteração do hebraico satan, indicando um acusador no sentido legal, um queixoso que tem uma acusação a apresentar. Em Zacarias 3:1 lemos "Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor." Numa palavra, Satanás se opõe a nós, trabalha contra nós, ou "nos persegue", na tentativa de nos derrotar espiritual e moralmente. Jesus chamou-o homicida e mentiroso, em João 8:44. Em Apocalipse 12:9, João retrata Satanás como um grande dragão, uma representação que ressalta sua terrível natureza. Esse mesmo versículo identifica-o como a serpente (uma referência a Gênesis 3) e como o diabo, que é outro nome bíblico comum para ele. Talvez 1 Pedro 5:8 nos diga o que mais precisamos saber a respeito dele: "O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar".
A ênfase bíblica está no que Satanás é em relação conosco (um inimigo). Algumas pessoas, contudo, pensam que certos textos bíblicos vão mais além e nos dizem como Satanás veio a se tornar assim. Examinemos estes textos cuidadosamente.
Isaías 14:12-14
Esta passagem diz: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Você notará imediatamente que esta passagem não menciona Satanás por nenhum de seus nomes bíblicos comuns. Pode-se extrair deste texto uma teoria da origem de Satanás somente assumindo que esta passagem descreve-o, e ignorando o contexto desta passagem na mensagem de Isaías.
Isaías não estava discutindo Satanás em Isaías 14, nem a origem de Satanás de modo nenhum faz parte desta mensagem do profeta. Se dissermos que este texto é sobre a origem de Satanás, isso simplesmente torna sem sentido o contexto mais amplo. Isaías profetizou durante os reinados dos reis hebreus Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias (Isaías 1:1). Seu ministério abrangeu (aproximadamente) os anos 750 - 686 a.C., uns 65 anos, no máximo. Este foi um tempo quando o povo de Deus tinha se tornado corrompido pela idolatria. Deus enviou Isaías para pregar o arrependimento ao seu povo e para adverti-lo de que um fracasso em voltar-se da idolatria significaria desastre em escala nacional. Isaías pregou a ambos os reinos de Israel e Judá, cumprindo sua missão dizendo aos povos desses reinos que eles sofreriam terrivelmente se recusassem arrepender-se. Isaías 10:5-6 resume a mensagem ao reino do norte. Há linguagem semelhante (13:3-6) reservada para o reino do sul, o reino contra o qual Deus enviaria os babilônios.
A mensagem de Isaías não era completamente de desânimo e condenação. Os assírios e os babilônios, ele pregou, eram simplesmente instrumentos que Deus usaria para punir o seu povo. Uma vez que Deus tivesse usado essas nações para seus propósitos, Ele se voltaria e aplicaria seu julgamento sobre eles, pela impiedade deles próprios. É uma mensagem da soberania de Deus em ação que causa reverência e temor nos ouvintes. A Babilônia cairia, e depois disso Deus renovaria e reuniria seu povo e lhes daria uma gloriosa e nova existência. Isaías 14 é sobre a queda do império babilônico. Isaías diz aos habitantes do reino sulista de Judá que, depois que eles tivessem sofrido o castigo, viria o dia quando eles poderiam ver a queda de seu opressor e escarnecer de Babilônia do modo como esta tinha escarnecido de Judá. Veja os versículos 4 e seguintes. Isto é sobre Babilônia.
Ora, porque Isaías começaria o capítulo falando sobre a queda de Babilônia, interromperia com uma descrição da origem de Satanás, e então recomeçaria a falar sobre a queda de Babilônia? Simplesmente não faz qualquer sentido aqui no contexto ver 14:12-14 como sendo sobre a origem de Satanás. O fato é que Isaías estava descrevendo para povo de Judá o que eles estariam dizendo quando zombassem do rei de Babilônia que tinha sido rebaixado e decaído do poder (versículo 4). As mesas virariam, e Isaías está descrevendo a ironia de tudo isso. Até mesmo a leitura corrida da passagem revela que a linguagem aqui é poética e figurativa, e temos que tratá-la de acordo. "Céu" no versículo 12 é linguagem figurativa para o que é alto e exaltado, e Isaías está aqui descrevendo a alta consideração em que o rei de Babilônia era tido. O profeta descreve sua queda do poder figurativamente, como uma queda do céu. Então ele chama o rei de Babilônia, também usando linguagem figurada, a "estrela da manhã". Na sua glória, durante algm tempo, o soberano de Babilônia era como uma estrela brilhante no céu. Contudo, seu reinado e seu poder cairiam, e, mantendo as imagens, Isaías pinta sua extinção como uma estrela cadente.
Parte da incompreensão popular desta passagem resulta do aparecimento da palavra "Lúcifer" em algumas versões do versículo 12. A palavra hebraica em questão aqui é helel, que significa "estrela da manhã" e não tem nenhuma ligação com Satanás. "Lúcifer" é uma velha palavra latina que originalmente significava "portador da luz" e era o nome do planeta Vênus sempre que aparecia no céu matinal. Na época que esta palavra foi usada nas traduções deste versículo, "Lúcifer" não significava Satanás. Infelizmente, para muitas pessoas, hoje em dia, Lúcifer é o nome de Satanás (porque Isaías 14:12-14 é aceito como sendo sobre Satanás!). Não é porque os tradutores erraram, mas porque pessoas de tempos posteriores, ou esqueceram o que Lúcifer significava ou concluíram erradamente que era o nome de Satanás, ou ambos.
Isaías 14:13 recita a jactância arrogante do rei babilônico. Certa vez ele pensou que era o maior do mundo, que tinha poder e autoridade igual à do próprio Deus. Uma das características do retrato profético de Babilônia é seu grande orgulho. Contudo, Deus rebaixaria seu rei ao mais baixo nível imaginável para a mente hebraica: o Sheol, o reino dos mortos (versículo 15). Os versículos 9-11 descrevem como os habitantes do Sheol ficariam surpresos porque alguém que pensava ser tão "alto" estava agora entre eles, num lugar tão "baixo". O ponto é que o rei babilônico foi do extremo da exaltação mundana para a extrema humilhação, e isto era um feito de Deus, o julgamento de Deus. A coisa toda é um quadro, uma imagem, e não uma narrativa histórica literal. A ênfase está no contraste entre as condições do soberano babilônico "antes" e "depois". As pessoas, então, olhariam para o fracasso do rei babilônico e perguntariam: "É este o homem que fazia a terra tremer, que sacudia reinos, que fazia do mundo um deserto, derrubava suas cidades, que não permitia aos seus prisioneiros voltar para casa?" (versículos 16-17).
Você vê, então, que quando examinamos Isaías 14:12-14 em seu contexto, ele não nos diz nada sobre a origem de Satanás. É uma descrição figurativa da queda do rei de Babilônia.
Ezequiel 28:12-16
Outra suposta passagem sobre a origem de Satanás é Ezequiel 28:12-16, onde se lê: "... Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei profanado fora do monte de Deus, e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras."
A referência ao Éden é, para muitos, um indicador seguro de que esta passagem tem que ser sobre a origem de Satanás. Não importa que Satanás já fosse o inimigo do homem no Éden! Mas, novamente, é somente aceitando que esta passagem é sobre Satanás (a própria coisa que precisa ser provada) que podemos lê-la desse modo. O contexto aqui argumenta em outra direção.
As palavras de Ezequiel aqui dizem respeito ao rei de Tiro. Os versículos 1 e 11 tornam isto claro. O capítulo 27 é sobre a queda da nação, e o capítulo 28 é especialmente sobre a queda do rei dessa nação. Prestar um pouco de atenção ao contexto esclarece muito! Exatamente como na passagem de Isaías, tomar as palavras do profeta como descritivas de Satanás e sua "queda" é fazer deste capítulo um completo contra-senso.
Aqui
a mensagem está em duas partes, mas cada uma delas apresenta a mesma
mensagem. Os versículos 1-10 descrevem o rei de Tiro do ponto de
vista de Deus. Como o rei de Babilônia, o rei de Tiro era orgulhoso,
arrogante e jactancioso. Ele se achava divino, e assim declarava ter
uma glória que não lhe pertencia (versículos 2,6,9). O profeta
descreve sarcasticamente a grandeza do monarca nos versículos 3-5.
Pela sua arrogância, o orgulhoso rei colherá o julgamento de Deus.
O julgamento sobre ele é que Deus o abaterá (versículos 7-10). Os
versículos 11-19 repetem esta mensagem. O retrato sarcástico que o
profeta faz do rei reaparece nos versículos 12-16. O aumento no
nível de imagens e figuras na linguagem aumenta o sarcasmo. O rei
pensava de si mesmo em termos absolutamente altos, mas para Deus isto
era pura loucura. A referência ao Éden no versículo 13 não é
literal, mas significa que o rei imaginava-se privilegiado acima de
todos os outros. Ele pensava que era especial, como querubim ungido
de Deus ou como algém que vivesse na própria montanha de Deus
(versículo 14). Ele se retratava nos termos mais gloriosos. Pela sua
arrogância, Deus o julgaria severamente (versículos 16-19).
Novamente, portanto, quando lemos esta passagem no seu contexto,
vemos que não tem nada a ver com a origem de Satanás.
Lucas 10:18
Em Lucas 10:18, Jesus diz: "Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago." Aqueles que pensam que Satanás é um anjo rebelde decaído acreditam que este versículo estabelece o assunto convincentemente. Contudo, de novo, precisamos olhar para esta afirmação no seu contexto.
Em Lucas 10:1 e seguintes, Jesus tinha enviado setenta discípulos numa missão de pregação. Realmente, era mais do que apenas uma missão de pregação, pois Jesus também os enviou para curar e expulsar demônios (versículos 9,17). É importante entender exatamente o que estes setenta discípulos cumpriram e o que o próprio Jesus cumpriu em seu ministério. Enquanto Jesus estava nesta terra, ele guerreou contra o reino de Satanás. Antes que Jesus pudesse estabelecer seu reino (o reino de Deus), ele tinha que invadir o território do inimigo, vencê-lo e tornar o inimigo (Satanás) impotente e fraco. Isto ele fez pregando o evangelho e demonstrando visivelmente seu poder. As curas miraculosas, e especialmente a expulsão de demônios, não eram atos casuais de bondade; elas eram em vez disso assaltos diretos sobre o reino de Satanás. Proclamando a "libertação dos cativos" no evangelho (veja Lucas 4:18), Jesus estava proclamando a derrota de Satanás e do pecado. Jesus veio libertar o homem do domínio de Satanás, um domínio esumido em pecado e morte.
É no contexto desta guerra espiritual que temos que entender os milagres associados com o ministério de Jesus e, mais tarde, dos apóstolos. Os milagres associados eram físicos, demonstrações visíveis, exemplos, ilustrações do que Jesus pode fazer pelos homens espiritualmente. Em nenhum lugar isto fica mais claro do que na expulsão de demônios. A possessão por demônios era uma manifestação óbvia do domínio de Satanás sobre pessoas. Que maior domínio sobre uma pessoa Satanás poderia ter do que invadir seu corpo, através de um demônio, e comandar seus atos? Quando Jesus expulsava demônios ele estava libertando pessoas da garra de Satanás, Ele estava destruindo o domínio do Maligno sobre elas. Era uma demonstração especialmente clara, ao nível físico, do poder do evangelho, e era uma ilustração de como Jesus podia libertar os homens do reino de Satanás e pô-los sob o reino de Deus.
O mesmo é verdade também quanto às curas milagrosas de Cristo. Doença e morte eram manifestações do poder de Satanás sobre o homem. Curando os doentes, Jesus estava livrando pessoas do poder de morte exercido por Satanás, assim vencendo-o. Observe o que Jesus disse sobre a mulher que tinha uma doença causada por um espírito em Lucas 13:16: "... esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos" não deveria ela ter sido libertada, no sábado? Jesus estava demonstrando, em suas curas milagrosas, seu poder sobre Satanás, seu poder para livrar os homens do domínio de Satanás. A cura era uma ilustração do que Jesus pode fazer por nós espiritualmente, através do seu evangelho. Assim, não é coincidência que Mateus ligue as atividades de pregar o evangelho e a cura dos doentes em Mateus 4:23: "Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades entre o povo." Estas duas atividades iam juntas muito naturalmente.
Quando os setenta discípulos retornaram, relataram seu grande sucesso a Jesus. regozijando porque "... os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!" (Lucas 10:17). Jesus os havia enviado como um exército para invadir o território de Satanás e guerrear. Sua campanha tinha tido um tremendo sucesso. Satanás sofreu uma derrota com cada demônio que eles expulsaram. Jesus respondeu com um reconhecimento: "Ele lhes disse: Eu via a Satanás caindo do céu como um relâmpago. Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano". (versículos 18-19). Observe a menção de Jesus a "... sobre todo o poder do inimigo". Satanás estava sendo derrotado no ministério de Jesus. Os setenta discípulos tinham compartilhado esse ministério, e isso culminaria na maior vitória sobre Satanás: a morte e a ressurreição de Cristo que decisivamente derrotaram o poder de Satanás de pecado e morte, respectivamente. Assim, quando Jesus diz: "... eu via a Satanás caindo do céu como um relâmpago", ele estava descrevendo quão grandemente seu ministério estava derrotando o poder de Satanás sobre os homens. O poder de Satanás não mais seria incontestável e absoluto. Em sua obra, Cristo estava destruíndo o aparentemente invencível poder do pecado e da morte. Em linguagem que relembra Isaías 14:12-14, Jesus compara o poder anterior de Satanás a uma estrela, e essa estrela agora caiu. Apocalipse 9:12 e Mateus 24:29 também usam a imagem de uma estrela cadente para descrever a derrota do poder.
Portanto, novamente, o texto que alegamente prova a origem do diabo não é sobre a origem de Satanás de modo nenhum. É somente introduzindo tal idéia no texto que ele pode prestar algum serviço a tal doutrina.
Apocalipse 12:7-9
Talvez a passagem mais popular quando se fala sobre a origem de Satanás seja esta, Apocalipse 12:7-9. Ela diz: "Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e os seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos".
Quem quer que alguma vez tenha olhado para o Apocalipse de João sabe que nele abundam estranhos símbolos. É somente pela violência de tratar a linguagem simbólica literalmente, e por ignorar o contexto, que podemos tirar uma história da origem de Satanás deste texto.
Apocalipse 12 é uma descrição simbólica das circunstâncias espirituais que causaram e conduziram à perseguição que os leitores de João enfrentaram. João escreveu o Apocalipse para dar aos seus primeiros leitores uma visão de seu sofrimento, para vê-la num contexto mais amplo. Eles foram apanhados numa tremenda luta entre Deus e Satanás. O diabo estava tentando destruir a igreja, usando Roma como seu agente. João, assim, estava dando aos seus leitores uma perspectiva de sua situação que poderia ajudá-los a suportá-la. Como uma descrição simbólica e figurativa não devemos, certamente, lê-la literalmente, nem devemos tratá-la como alguma espécie de narrativa cronológica e histórica do que tinha acontecido.
Apocalipse 12 é admitida como uma passagem difícil, mas os estudantes que vêem o livro do ponto de vista de seu contexto histórico geralmente concordam que ele é sobre a vitória do povo de Deus e a derrota de seu inimigo, Satanás. A primeira parte do capítulo (versículos 1-6) apresenta diante de nós uma história de nascimento de uma criança do sexo masculino que se torna o dominador das nações. Esta imagem representa Cristo (a alusão ao Salmo messiânico, Salmo 2, em Apocalipse 12:5 confirma isto). Contudo, um grande dragão (Satanás) imediatamente desafia seu aparecimento. O aparecimento de Jesus desencadeia uma grande guerra espiritual (versículo 7). O domínio de Satanás sobre a situação humana tinha, até agora, ficado indisputado. Quando Cristo aparece, o poder de Satanás sobre o homem é efetivamente destruído, e Satanás sofre uma derrota esmagadora (versículo 9). A história básica que João apresenta aqui nos versículos 7 e seguintes é que Satanás perdeu sua tentativa de ganhar domínio sobre a humanidade. Ee e suas forças não são adversários para Deus e suas forças. Ele não pode derrotar Deus e seu Filho. Numa grande destruição, Satanás é lançado abaixo, simbolizando sua ruína.
Que Satanás tenha sido atirado à terra é, eu penso, significativo. É uma mudança na frente de batalha. Desde que Satanás não pôde derrotar Deus no reino espiritual, ele então volta sua atenção para o reino físico, onde ele espera ser vitorioso. É a mesma batalha pelo domínio espiritual sobre o homem, mas agora é uma batalha espiritual travada na terra. Agora, em vez de tentar destruir o Filho de Deus (tentativa que fracassou), ele tenta destruir o povo de Deus que vive na terra. Satanás inunda a terra com suas mentiras, enganos, tentações, etc., em seu esforço para destruir o povo de Deus, mas isto também fracassa (versículos 11,17).
Apocalipse 12:7-9 é sobre como Satanás recebeu uma derrota esmagadora pelo aparecimento e obra de Jesus. João escreveu isto para encorajar seus leitores que estavam sofrendo por causa do ataque de Satanás através de um poder mundial perverso, Roma. Eles poderiam suportar se soubessem que a vitória era deles. Conhecer a origem de Satanás não teria feito nada para encorajá-los a perseverar sob provações severas.
Então, donde veio Satanás?
Se nenhuma das passagens que são comumente citadas como relatos da origem de Satanás são realmente sobre sua origem, então donde ele veio? Bem, não estou certo de que a Bíblia revela a resposta para nós exatamente. Podemos ter uma curiosidade sobre o assunto, mas temos que não permitir que tal curiosidade nos instigue a encontrar respostas que ali não se encontrem.
O melhor que podemos fazer, eu penso, é inferir umas poucas coisas sobre Satanás. Primeiro, somente Deus (o Altíssimo) é incriado. Tudo o mais e todos no universo são criados. Portanto, Satanás é um ser criado. A Bíblia, em nenhum lugar diz que ele é um ser eterno como Deus. Segundo, a Bíblia atribui onipotência somente a Deus (o Soberano). Portanto, Satanás não é um ser onipotente. Ainda que ele tenha grandes poderes, Deus limita seu uso deles (conforme 1 Coríntios 10:13; Jó 1-2).
Terceiro, há seres que foram feitos e que existem acima do nível humano. Podemos chamá-los seres espirituais por falta de um termo melhor. Entre estes seres espirituais estão os anjos, mas estes aparentemente não são os únicos tipos de seres espirituais (conforme Efésios 6:12; Apocalipse 4-5). A respeito desta ordem de seres, conhecemos mais sobre anjos do que quaisquer outros. O quadro que obtemos pela palavra de Deus é que seres espirituais são muito mais interessados em negócios da terra e, às vezes, estão envolvidos neles. Por exemplo, anjos mediaram a Lei de Moisés (Gálatas 3:19), anjos anunciaram a ressurreição de Cristo (Mateus 28:5), e anjos desejaram ver o cumprimento do plano de Deus de salvação (1 Pedro 1:12). Embora isso possa ser uma especulação, também parece que seres espirituais, conquanto sejam criados, não obstante não são ligados em sua existência às limitações de tempo ou idade.
A Bíblia em lugar nenhum identifica Satanás como um ser humano. Ele é, obviamente, um dos seres espirituais sobre os quais lemos na Bíblia. Isto não quer dizer que Satanás seja um anjo. De fato, teria sido muito fácil, em qualquer dos contextos e para qualquer dos escritores, dizer que Satanás era um anjo, mas eles nunca o disseram. Ele é, não obstante, um ser espiritual e a Bíblia o descreve como, entre outras coisas, "o príncipe da potestade do ar" (Efésios 2:2). Vemos Satanás, pela primeira vez, no Jardim do Éden (Gênesis 3), justo no começo da história humana, e ele tem existido continuamente desde então.
Quinto, seres espirituais, como seres humanos, têm livre arbítrio. Judas descreve o castigo dos anjos rebeldes no versículo 6 de sua epístola, e Pedro fala de anjos pecando em 2 Pedro 2:4. Portanto, Satanás se opõe a Deus porque ele decide fazê-lo. Deus certamente não o criou para o mal ou como um ser mau, pois a Bíblia nos diz claramente que não há mal associado com Deus (Tiago 1:13; 1 João 1:5).
Parece que o máximo que poderíamos dizer sobre a origem de Satanás é que ele é um ser criado, mas espiritual, que decidiu opor-se a Deus, e que ele recruta outros seres espirituais e seres humanos em seus esforços. Mais do que isto é só especulação.
Conclusão
Num sentido muito significativo, não importa de onde Satanás veio. A ênfase na Bíblia cai, em vez no que ele faz. Não é como ele veio a existir que preocupa. É o fato que ele existe que nos preocupa. Ele continua a trabalhar contra nós em sua tentativa de dominar a humanidade, e para nós Jesus deixou a continuação da guerra. "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6:10-12).
Lucas 10:18
Em Lucas 10:18, Jesus diz: "Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago." Aqueles que pensam que Satanás é um anjo rebelde decaído acreditam que este versículo estabelece o assunto convincentemente. Contudo, de novo, precisamos olhar para esta afirmação no seu contexto.
Em Lucas 10:1 e seguintes, Jesus tinha enviado setenta discípulos numa missão de pregação. Realmente, era mais do que apenas uma missão de pregação, pois Jesus também os enviou para curar e expulsar demônios (versículos 9,17). É importante entender exatamente o que estes setenta discípulos cumpriram e o que o próprio Jesus cumpriu em seu ministério. Enquanto Jesus estava nesta terra, ele guerreou contra o reino de Satanás. Antes que Jesus pudesse estabelecer seu reino (o reino de Deus), ele tinha que invadir o território do inimigo, vencê-lo e tornar o inimigo (Satanás) impotente e fraco. Isto ele fez pregando o evangelho e demonstrando visivelmente seu poder. As curas miraculosas, e especialmente a expulsão de demônios, não eram atos casuais de bondade; elas eram em vez disso assaltos diretos sobre o reino de Satanás. Proclamando a "libertação dos cativos" no evangelho (veja Lucas 4:18), Jesus estava proclamando a derrota de Satanás e do pecado. Jesus veio libertar o homem do domínio de Satanás, um domínio esumido em pecado e morte.
É no contexto desta guerra espiritual que temos que entender os milagres associados com o ministério de Jesus e, mais tarde, dos apóstolos. Os milagres associados eram físicos, demonstrações visíveis, exemplos, ilustrações do que Jesus pode fazer pelos homens espiritualmente. Em nenhum lugar isto fica mais claro do que na expulsão de demônios. A possessão por demônios era uma manifestação óbvia do domínio de Satanás sobre pessoas. Que maior domínio sobre uma pessoa Satanás poderia ter do que invadir seu corpo, através de um demônio, e comandar seus atos? Quando Jesus expulsava demônios ele estava libertando pessoas da garra de Satanás, Ele estava destruindo o domínio do Maligno sobre elas. Era uma demonstração especialmente clara, ao nível físico, do poder do evangelho, e era uma ilustração de como Jesus podia libertar os homens do reino de Satanás e pô-los sob o reino de Deus.
O mesmo é verdade também quanto às curas milagrosas de Cristo. Doença e morte eram manifestações do poder de Satanás sobre o homem. Curando os doentes, Jesus estava livrando pessoas do poder de morte exercido por Satanás, assim vencendo-o. Observe o que Jesus disse sobre a mulher que tinha uma doença causada por um espírito em Lucas 13:16: "... esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos" não deveria ela ter sido libertada, no sábado? Jesus estava demonstrando, em suas curas milagrosas, seu poder sobre Satanás, seu poder para livrar os homens do domínio de Satanás. A cura era uma ilustração do que Jesus pode fazer por nós espiritualmente, através do seu evangelho. Assim, não é coincidência que Mateus ligue as atividades de pregar o evangelho e a cura dos doentes em Mateus 4:23: "Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades entre o povo." Estas duas atividades iam juntas muito naturalmente.
Quando os setenta discípulos retornaram, relataram seu grande sucesso a Jesus. regozijando porque "... os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!" (Lucas 10:17). Jesus os havia enviado como um exército para invadir o território de Satanás e guerrear. Sua campanha tinha tido um tremendo sucesso. Satanás sofreu uma derrota com cada demônio que eles expulsaram. Jesus respondeu com um reconhecimento: "Ele lhes disse: Eu via a Satanás caindo do céu como um relâmpago. Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano". (versículos 18-19). Observe a menção de Jesus a "... sobre todo o poder do inimigo". Satanás estava sendo derrotado no ministério de Jesus. Os setenta discípulos tinham compartilhado esse ministério, e isso culminaria na maior vitória sobre Satanás: a morte e a ressurreição de Cristo que decisivamente derrotaram o poder de Satanás de pecado e morte, respectivamente. Assim, quando Jesus diz: "... eu via a Satanás caindo do céu como um relâmpago", ele estava descrevendo quão grandemente seu ministério estava derrotando o poder de Satanás sobre os homens. O poder de Satanás não mais seria incontestável e absoluto. Em sua obra, Cristo estava destruíndo o aparentemente invencível poder do pecado e da morte. Em linguagem que relembra Isaías 14:12-14, Jesus compara o poder anterior de Satanás a uma estrela, e essa estrela agora caiu. Apocalipse 9:12 e Mateus 24:29 também usam a imagem de uma estrela cadente para descrever a derrota do poder.
Portanto, novamente, o texto que alegamente prova a origem do diabo não é sobre a origem de Satanás de modo nenhum. É somente introduzindo tal idéia no texto que ele pode prestar algum serviço a tal doutrina.
Apocalipse 12:7-9
Talvez a passagem mais popular quando se fala sobre a origem de Satanás seja esta, Apocalipse 12:7-9. Ela diz: "Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e os seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos".
Quem quer que alguma vez tenha olhado para o Apocalipse de João sabe que nele abundam estranhos símbolos. É somente pela violência de tratar a linguagem simbólica literalmente, e por ignorar o contexto, que podemos tirar uma história da origem de Satanás deste texto.
Apocalipse 12 é uma descrição simbólica das circunstâncias espirituais que causaram e conduziram à perseguição que os leitores de João enfrentaram. João escreveu o Apocalipse para dar aos seus primeiros leitores uma visão de seu sofrimento, para vê-la num contexto mais amplo. Eles foram apanhados numa tremenda luta entre Deus e Satanás. O diabo estava tentando destruir a igreja, usando Roma como seu agente. João, assim, estava dando aos seus leitores uma perspectiva de sua situação que poderia ajudá-los a suportá-la. Como uma descrição simbólica e figurativa não devemos, certamente, lê-la literalmente, nem devemos tratá-la como alguma espécie de narrativa cronológica e histórica do que tinha acontecido.
Apocalipse 12 é admitida como uma passagem difícil, mas os estudantes que vêem o livro do ponto de vista de seu contexto histórico geralmente concordam que ele é sobre a vitória do povo de Deus e a derrota de seu inimigo, Satanás. A primeira parte do capítulo (versículos 1-6) apresenta diante de nós uma história de nascimento de uma criança do sexo masculino que se torna o dominador das nações. Esta imagem representa Cristo (a alusão ao Salmo messiânico, Salmo 2, em Apocalipse 12:5 confirma isto). Contudo, um grande dragão (Satanás) imediatamente desafia seu aparecimento. O aparecimento de Jesus desencadeia uma grande guerra espiritual (versículo 7). O domínio de Satanás sobre a situação humana tinha, até agora, ficado indisputado. Quando Cristo aparece, o poder de Satanás sobre o homem é efetivamente destruído, e Satanás sofre uma derrota esmagadora (versículo 9). A história básica que João apresenta aqui nos versículos 7 e seguintes é que Satanás perdeu sua tentativa de ganhar domínio sobre a humanidade. Ee e suas forças não são adversários para Deus e suas forças. Ele não pode derrotar Deus e seu Filho. Numa grande destruição, Satanás é lançado abaixo, simbolizando sua ruína.
Que Satanás tenha sido atirado à terra é, eu penso, significativo. É uma mudança na frente de batalha. Desde que Satanás não pôde derrotar Deus no reino espiritual, ele então volta sua atenção para o reino físico, onde ele espera ser vitorioso. É a mesma batalha pelo domínio espiritual sobre o homem, mas agora é uma batalha espiritual travada na terra. Agora, em vez de tentar destruir o Filho de Deus (tentativa que fracassou), ele tenta destruir o povo de Deus que vive na terra. Satanás inunda a terra com suas mentiras, enganos, tentações, etc., em seu esforço para destruir o povo de Deus, mas isto também fracassa (versículos 11,17).
Apocalipse 12:7-9 é sobre como Satanás recebeu uma derrota esmagadora pelo aparecimento e obra de Jesus. João escreveu isto para encorajar seus leitores que estavam sofrendo por causa do ataque de Satanás através de um poder mundial perverso, Roma. Eles poderiam suportar se soubessem que a vitória era deles. Conhecer a origem de Satanás não teria feito nada para encorajá-los a perseverar sob provações severas.
Então, donde veio Satanás?
Se nenhuma das passagens que são comumente citadas como relatos da origem de Satanás são realmente sobre sua origem, então donde ele veio? Bem, não estou certo de que a Bíblia revela a resposta para nós exatamente. Podemos ter uma curiosidade sobre o assunto, mas temos que não permitir que tal curiosidade nos instigue a encontrar respostas que ali não se encontrem.
O melhor que podemos fazer, eu penso, é inferir umas poucas coisas sobre Satanás. Primeiro, somente Deus (o Altíssimo) é incriado. Tudo o mais e todos no universo são criados. Portanto, Satanás é um ser criado. A Bíblia, em nenhum lugar diz que ele é um ser eterno como Deus. Segundo, a Bíblia atribui onipotência somente a Deus (o Soberano). Portanto, Satanás não é um ser onipotente. Ainda que ele tenha grandes poderes, Deus limita seu uso deles (conforme 1 Coríntios 10:13; Jó 1-2).
Terceiro, há seres que foram feitos e que existem acima do nível humano. Podemos chamá-los seres espirituais por falta de um termo melhor. Entre estes seres espirituais estão os anjos, mas estes aparentemente não são os únicos tipos de seres espirituais (conforme Efésios 6:12; Apocalipse 4-5). A respeito desta ordem de seres, conhecemos mais sobre anjos do que quaisquer outros. O quadro que obtemos pela palavra de Deus é que seres espirituais são muito mais interessados em negócios da terra e, às vezes, estão envolvidos neles. Por exemplo, anjos mediaram a Lei de Moisés (Gálatas 3:19), anjos anunciaram a ressurreição de Cristo (Mateus 28:5), e anjos desejaram ver o cumprimento do plano de Deus de salvação (1 Pedro 1:12). Embora isso possa ser uma especulação, também parece que seres espirituais, conquanto sejam criados, não obstante não são ligados em sua existência às limitações de tempo ou idade.
A Bíblia em lugar nenhum identifica Satanás como um ser humano. Ele é, obviamente, um dos seres espirituais sobre os quais lemos na Bíblia. Isto não quer dizer que Satanás seja um anjo. De fato, teria sido muito fácil, em qualquer dos contextos e para qualquer dos escritores, dizer que Satanás era um anjo, mas eles nunca o disseram. Ele é, não obstante, um ser espiritual e a Bíblia o descreve como, entre outras coisas, "o príncipe da potestade do ar" (Efésios 2:2). Vemos Satanás, pela primeira vez, no Jardim do Éden (Gênesis 3), justo no começo da história humana, e ele tem existido continuamente desde então.
Quinto, seres espirituais, como seres humanos, têm livre arbítrio. Judas descreve o castigo dos anjos rebeldes no versículo 6 de sua epístola, e Pedro fala de anjos pecando em 2 Pedro 2:4. Portanto, Satanás se opõe a Deus porque ele decide fazê-lo. Deus certamente não o criou para o mal ou como um ser mau, pois a Bíblia nos diz claramente que não há mal associado com Deus (Tiago 1:13; 1 João 1:5).
Parece que o máximo que poderíamos dizer sobre a origem de Satanás é que ele é um ser criado, mas espiritual, que decidiu opor-se a Deus, e que ele recruta outros seres espirituais e seres humanos em seus esforços. Mais do que isto é só especulação.
Conclusão
Num sentido muito significativo, não importa de onde Satanás veio. A ênfase na Bíblia cai, em vez no que ele faz. Não é como ele veio a existir que preocupa. É o fato que ele existe que nos preocupa. Ele continua a trabalhar contra nós em sua tentativa de dominar a humanidade, e para nós Jesus deixou a continuação da guerra. "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6:10-12).
Libertação
Espiritual: Derrotando Satanás em Nossas Vidas
Há milhares de anos, Satanás
entrou no belo jardim de Deus, na forma de uma serpente, e pegou Adão
e Eva em sua armadilha. Desde aquele dia até agora, Satanás tem
sido o principal inimigo do homem. Até mesmo nestes dias, o diabo
anda rugindo como um leão que nos quer devorar (1 Pedro 5:8). Ele
emprega muitos métodos. Usando vários disfarces, ele tenta, seduz e
engana (2 Coríntios 11:14-15; 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Coríntios
7:5). Ele também aflige, persegue e ataca (2 Coríntios 12:7;
Apocalipse 2:10; 1 Tessalonicenses 2:18). Ele usa aliados tais como
principados e poderes, e o próprio mundo (Efésios 2:1-2; 6:11-12; 1
João 5:19). Muitos dos que enfrentam esta batalha espiritual
poderiam prontamente fazer eco à exclamação de Paulo:
"Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta
morte?" (Romanos 7:24).
A
Vitória de Cristo sobre Satanás
No próprio jardim onde o homem
primeiramente sucumbiu à armadilha do diabo, Deus prometeu um
libertador. "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua
descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3:15). É muito incomum
ver na Bíblia uma referência ao descendente de uma mulher. Quase
sempre a linhagem foi contada através do pai. Em toda a história
humana depois de Adão, só houve um que não teve um pai humano:
Jesus Cristo. E assim este texto fala do conflito entre Jesus e
Satanás. Mantendo a imagem da serpente, o texto fala de Jesus
pisando nele, por assim dizer. Fazendo isto, ele teria seu calcanhar
ferido (um dano relativamente pequeno), mas também esmagaria a
cabeça do tentador (um ferimento mortal). Através do Velho
Testamento, a humanidade permaneceu amarrada por Satanás, aguardando
o cumprimento desta promessa gloriosa.
Finalmente nasceu o Salvador. Ele
passou alguns anos "curando a todos os oprimidos do diabo"
(Atos 10:38). Olhe especialmente para os exemplos em que Jesus
expulsou demônios (note Marcos 1:23-28; 5:1-20; 9:14-29; Mateus
9:32-37; 12:22; Lucas 13:10- 17). É notável que Jesus subjugou os
demônios com autoridade. Ele não gritou, não lutou, não usou
nenhum encantamento ou instrumento mágico. Ele simplesmente disse
uma palavra, e os demônios saíram. Jesus ligou sua expulsão de
demônios a seu trabalho maior de esmagar Satanás. "Se,
porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é
chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na
casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E,
então, lhe saqueará a casa" (Mateus 12:28-29). Jesus veio
ao mundo para roubar do diabo as almas que tinham estado sob seu
domínio. Mas primeiro ele teve que amarrar Satanás, o que ele
estava fazendo ao expulsar demônios. Então o cenário estaria
preparado para que ele tomasse o domínio do diabo, o domínio que
este exercia sobre os homens.
Em repetidas ocasiões,
especialmente próximo do fim do seu ministério, Jesus indicava que
a crise estava se aproximando. "Eu via Satanás caindo do céu
como um relâmpago" (Lucas 10:18). "Chegou o momento
de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso"
(João 12:31). "Do juízo, porque o príncipe deste mundo já
está julgado" (João 16:11, veja também 14:30).
Textos incontáveis, escritos
depois da ressurreição de Cristo, mostram-no como o vencedor que
derrotou a Satanás. Jesus afirmou: "Toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra" (Mateus 28:18). "O qual
exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o
sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo
principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se
possa referir não só no presente século, mas também no vindouro.
E pôs todas as cousas debaixo dos pés . . ." (Efésios
1:20-22). ". . . Por meio da ressurreição de Jesus Cristo;
o qual, depois de ir para o céu, está a destra de Deus, ficando-lhe
subordinados os anjos, e potestades, e poderes" (1 Pedro
3:21-22). "E, despojando os principados e as potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz"
(1 João 3:8). Apocalipse apresenta esta grande vitória de Jesus
sobre o diabo em forma simbólica (capítulo 12). Nosso Senhor Jesus
Cristo derrotou totalmente o antigo inimigo do homem. O Senhor seja
louvado!
Nossa
Libertação
Nossa própria vitória sobre
Satanás está intimamente ligada com o triunfo de Cristo. "Visto,
pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue,
destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte,
destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e
livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à
escravidão por toda a vida" (Hebreus 2:14:15). Jesus veio
para destruir o diabo e libertar seus súditos. Depois de descrever
sua batalha sem sucesso contra a lei do pecado e da morte em Romanos
7, Paulo mostrou que, em Cristo, somos libertados da escravidão
(Romanos 7:25; 8:1-4). Cristo é nosso meio de vitória nesta luta
aparentemente sem esperança: "Em todas estas cousas, porém,
somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou"
(Romanos 8:37). Ele continuou citando principados e poderes como duas
forças que não podem separar-nos do amor de Deus em Cristo (Romanos
8:38-39). "E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos
vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco"
(Romanos 16:20). Gálatas 4 e Colossenses 2 também mostram como
Cristo nos liberta do domínio do diabo.
Isto não significa, obviamente,
que derrotamos o diabo em Cristo, sem esforço. Lutamos contra
"principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes" (Efésios 6:12). Mas apesar da ferocidade do
oponente, o Senhor dá a força do seu poder, com a qual podemos
resistir firmemente ao diabo. Ele também nos diz exatamente que
armadura usar na batalha: "Portanto, tomai toda a armadura de
Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes
vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-
vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os
pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o
escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica . .
." (Efésios 6:13-18). Note, por favor, que a armadura é
especificada. Freqüentemente, nestes dias, as pessoas tentam travar
batalhas espirituais contra o diabo e seus servos com outros
instrumentos, que a palavra de Deus nunca menciona. Neste texto, é a
própria Escritura que recebe a principal atenção: "a
verdade", "o evangelho", "a palavra de Deus".
Conceitos
Errados Sobre a Libertação
Algumas pessoas põem demasiada
ênfase no poder de Satanás. Nos seus cultos eles dão mais atenção
aos demônios do que ao próprio Cristo. Deste modo, eles minimizam a
responsabilidade humana e oferecem desculpas para o pecado. O diabo
não pode ser culpado pelo pecado. Ele de fato tenta, mas o pecado
ocorre quando nos permitimos ser seduzidos pelos nossos próprios
desejos (Tiago 1:14-15). Somos capazes de resistir ao diabo e, se o
fizermos, ele fugirá (Tiago 4:7). Deus não permitirá que sejamos
tentados acima de nossas forças para resistir; para cada tentação
há uma maneira de escapar que é dada pelo Senhor (1 Coríntios
10:13). É um erro sério dedicar mais atenção ao diabo do que ao
Senhor. É errado pensar que, em certos casos, somos impotentes para
resistir a algum tipo de força superior que o diabo emprega. Eu sou
responsável por minhas ações, e quando eu peco não tenho ninguém
a quem culpar senão a mim mesmo.
Outro ponto de vista errado é
que palavras mágicas ou objetos especiais são necessários para
expelir o poder de Satanás da vida de uma pessoa. A feitiçaria nos
dias do Novo Testamento se apoiava na repetição de palavras
especiais para superar a influência do diabo, mas Jesus condenou
esta idéia (Mateus 6:7). A repetição até mesmo do nome de Jesus,
de modo supersticioso, virou contra aqueles que o tentaram (Atos
19:13-16). É o poder de Cristo, não a mágica de alguma frase ou
objeto que supera Satanás.
Também não podemos superar o
diabo através da obediência a regras e leis humanas. Este foi,
basicamente, o problema sobre o qual Paulo escreveu em Colossenses 2.
Ele falou de regras que os homens inventam para tentarem ser mais
espirituais, e disse que elas não dão certo. Através dos séculos,
homens têm tentado repelir o diabo através de ascetismo. Jejum,
auto-flagelação, e a negação de prazeres lícitos são
freqüentemente vistos como maneiras de superar o diabo. Mas o
argumento de Paulo em Colossenses 2 é que Cristo e seus mandamentos
são tudo o que necessitamos para superar "todo principado e
potestade"(Colossenses 2:10, veja 16-23).
Finalmente, o diabo não é
superado por espetáculos teatrais. Confrontos verbais com o diabo e
gritaria não têm base na Bíblia. Cristo e os apóstolos tinham
poder especial para ordenar aos demônios que saíssem das pessoas,
mas ordenavam calma e deliberadamente. As Escrituras que Jesus e seus
discípulos nos deixaram nos ensinam a usufruir de seu poder em
nossas vidas pela submissão a ele e pelo uso da armadura que ele nos
deu.
Jesus venceu Satanás. Em Cristo,
nós também podemos vencer.
Como
Jesus Venceu a Tentação
Na luta do cristão contra o
diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo
precisa vencer o inimigo superando as tentações. Não estamos sós,
contudo. Jesus tornou-se um homem, foi tentado como somos, obteve a
vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar sobre Satanás
(note Hebreus 2:17-18; 4:15). É essencial, portanto, que analisemos
cuidadosamente de que forma Jesus venceu.
Embora Jesus foi tentado várias
vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que
foi batizado. Lucas recorda este evento (Lucas 4:1-13), mas
seguiremos a história conforme Mateus a conta: "A seguir,
foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo
diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve
fome" (Mateus 4:1-2). Pelo fato que foi o Espírito que
levou Jesus para o deserto mostra que Deus pretendia que Jesus fosse
totalmente humano e sofresse tentação. Note estas três tentativas
de Satanás para seduzir Jesus.
Primeira
Tentação
A afirmação do diabo:
"Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se
transformem em pães" (4:3). O diabo é um mestre das
coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder
para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que
ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua
necessidade imediata.
As questões: Era verdade
que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era
como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um
deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir
independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua
necessidade. Confiará ele em Deus ou se alimentará a seu próprio
modo? Há aqui, também, uma questão mais básica: Como Jesus
usará suas aptidões? O grande poder que Jesus tinha seria usado
como uma lâmpada de Aladim, para gratificar seus desejos pessoais? A
tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e
minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial,
porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área
de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos a
nossa disposição.
A resposta de Jesus: "Está
escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que
procede da boca de Deus" (4:4). Em cada teste, Jesus se
voltava para as Escrituras, usando um meio que nós também podemos
empregar para superar a tentação. A passagem que ele citou foi a
mais adequada naquela situação. No contexto, os israelitas tinham
aprendido durante seus 40 anos no deserto que eles deveriam esperar e
confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar conceber
seus próprios esquemas para se sustentarem.
Lições: 1. O diabo ataca
as nossas fraquezas. Ele não se acanha em provar nossas áreas
mais vulneráveis. Depois de jejuar 40 dias, Jesus estava faminto.
Daí, a tentação de fazer alimento de uma maneira não autorizada.
Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos mais
vulneráveis, no momento. De fato, as tentações são freqüentemente
ligadas a sofrimento ou desejos físicos. 2. A tentação
parece razoável. O errado freqüentemente parece certo. Um homem
"tem que comer" . Muitas pessoas sentem que necessidades
pessoais as isentam da responsabilidade de obedecer às leis de Deus.
3. Precisamos confiar em Deus. Jesus precisava de alimento,
sim. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É
sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado. Deus
proverá o que ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe. É melhor
morrer de fome do que desagradar ao Senhor.
Segunda
Tentação
A afirmação do diabo:
"Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o
sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de Deus,
atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu
respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão nas suas mãos, para
não tropeçares nalguma pedra" (4:5-6). Jesus tinha
replicado à tentação anterior dizendo que confiava em cada palavra
do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia tanto em
Deus, então experimenta-o. Verifica o sistema e vê se ele realmente
cuidará de ti." E ele confirmou a tentação com um trecho das
Escrituras.
As questões: A questão
é: Jesus confiará sem experimentar? Desde que Deus prometeu
preservá-lo do perigo, é certo criar um perigo, só para ver se
Deus realmente fará como disse?
A resposta de Jesus: "Também
está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus" (4:7).
A confiança verdadeira aceita a palavra de Deus e não necessita
testá-la.
Lições: 1. O diabo cita
a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da
Bíblia. Pessoas freqüentemente aceitam qualquer ensinamento, se
está acompanhado por um bocado de versículos. Mas cuidado! O mesmo
diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2 Coríntios
11:13-15) pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios
propósitos. O diabo fez três enganos: Primeiro, não tomou todas as
Escrituras. Jesus replicou com: "Também está escrito". A
verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por isso precisamos estudar
todos os ensinamentos das Escrituras a respeito de um determinado
assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de Deus. Segundo, ele
tomou a passagem fora do contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta
o homem que confia e depende do Senhor; ao homem que sente
necessidade de testar o Senhor nada é prometido aqui. Terceiro,
Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o
ponto não era uma proteção física, mas uma espiritual. 2.
Satanás é versátil. Jesus venceu em uma área, então o diabo se
mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda (1 Pedro 5:8). 3.
A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao
nosso serviço a Deus, e não continua exigindo mais prova. Em vista
da abundante evidência que Deus apresentou, é perverso pedir a Deus
para fazer algo mais para dar prova de si.
Terceira
Tentação
A afirmação do diabo:
"Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-
lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto
te darei se, prostrado, me adorares" (4:8-9). Que
tentação! O diabo deslumbrava com a torturante possibilidade de
reinar sobre todos os reinos do mundo.
As questões: A questão
aqui não era tanto a de Jesus tornar-se um rei (Deus já lhe tinha
prometido isso Salmo 2:7-9; Gênesis 49:10), mas de como e quando. O
Senhor prometeu o reinado ao Filho depois de seu sofrimento (Hebreus
2:9). O diabo ofereceu um atalho: a coroa sem a cruz. Era um
compromisso. Ele poderia governar todos os reinos do mundo e
entregá-los ao Pai. Mas, no processo, o reino se tornaria impuro.
Então as questões são: Como Jesus se tornaria rei? Você pode usar
um meio errado e, no fim, conseguir fazer o bem?
A resposta de Jesus:
"Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor,
teu Deus, adorarás e só a ele darás culto"(4:10).
Nada é bom se é errado, se viola as Escrituras.
Lições: 1. Satanás paga
o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para "comprar"
Jesus. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a Deus, pode
esperar que o diabo virá pagá-lo. (Leia Mateus 16:26). 2. O
diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o mais decisivo
caminho ao poder e à vitória. Jesus recusou o atalho; Ele ganharia
os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje Satanás tenta
as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter pessoas. O
caminho de Deus é converter ensinando o evangelho (Romanos 1:16).
Exatamente como ele tentou Jesus para corromper sua missão e ganhar
poder através de meios carnais, assim ele tenta nestes dias. 3.
O diabo oferece compromissos por bons propósitos. Ele testa a
profundeza de nossa pureza. Ele nos tenta a usar erradamente as
Escrituras para apoiar um bom ponto ou dizer uma mentira de modo a
atingir um bom resultado. Nunca é certo fazer o que é errado.
Conclusão
Nesta batalha entre os dois leões
(1 Pedro 5:8; Apocalipse 5:5), Jesus ganhou uma vitória decisiva. E
ele fez isso do mesmo modo que nós temos que fazer. Confiou em Deus
(1 João 5:4; Efésios 6:16). Usou as Escrituras (1 João 2:14;
Colossenses 3:16). Resistiu ao diabo (Tiago 4:7; 1 Pedro 5:9). O
ponto crucial é este: Jesus nunca fez o que ele sabia que não era
certo. Que Deus nos ajude a seguir seus passos (1 Pedro 2:21).
Estudo
Textual: Apocalipse 12:1-17
A Derrota do Diabo
A Derrota do Diabo
No fim de Apocalipse 11 a sétima
trombeta soou, marcando o fim da primeira metade do livro. Nos
capítulos 12-22 os mesmos eventos são apresentados de um ponto de
vista diferente. A atenção muda para os instrumentos específicos
que o diabo usa para atacar os cristãos e o modo com que Cristo
derrota cada um.
As
personagens (12:1-6)
Uma mulher deu à luz um menino a quem
o dragão tentou devorar. A mulher representa o povo de Deus (veja
Miquéias 4:9 - 5:4). A criança é o Cristo (veja Salmo 2:7-9). O
dragão é Satanás (12:9). Durante a vida terrestre de Jesus o diabo
tentou repetidamente destruí-lo matando os recém nascidos em torno
de Belém, tentando-o, e pregando-o na cruz. Deus protegeu seu Filho
e todo esforço do diabo não teve sucesso.
A
batalha celestial (12:7-11)
Este parágrafo pinta a derrota de
Satanás, quando Miguel e seus anjos arremessaram do céu o diabo e
seus anjos. Esta cena não é uma descrição de alguma queda do
diabo no começo dos tempos, mas descreve a vitória decisiva contra
o diabo através da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus.
Esta vitória ocorreu no tempo quando a salvação e o reino de
Cristo vieram (12:10).
Satanás trabalha para acusar os
homens de pecado e provocar sua morte. Antes da vinda de Jesus ele
tinha pleno sucesso ("todos pecaram," Romanos 3:23). Mas a
morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo derrotaram Satanás
(note Mateus 12:28-29; João 12:31; 14:30; 16:11; Colossenses 2:15; 1
Pedro 3:22), porque sua morte expiou o pecado (João 1:29) e sua
ressurreição deu-lhe as chaves da morte (2 Timóteo 1:10;
Apocalipse 1:17-18). Agora, acusação contra o povo de Deus é
impossível; o diabo está vencido (Romanos 8:33; Hebreus 2:14-15; 1
João 3:8). A vitória de Miguel simboliza os resultados do
sacrifício de Cristo.
A
batalha terrestre (12:12-17)
Porque Jesus venceu Satanás, o diabo
ficou furioso e desceu à Terra para tentar destruir a mulher e seus
filhos. Os cristãos primitivos sentiram em primeira mão a
ferocidade da ira do diabo perseguindo-os. Alguns deles talvez
imaginassem que a intensidade dos ataques fosse um sinal da vitória
iminente de Satanás; de fato, era um sinal da enormidade de sua
derrota. Ele não mais podia acusar os homens diante do Pai; tudo o
que lhe resta é tentar desviá-los do Senhor na terra.
Sugestões
para aplicações:
|
O
diabo foi chicoteado. Não há desculpa para os cristãos serem
vencidos na batalha da tentação por alguém que já perdeu a
guerra!
|
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Observe
o versículo 11 e exatamente o que é necessário para sobrepujar
Satanás.
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Considere
quanto encorajamento este capítulo dá aos cristãos que
enfrentam oposição do diabo. A força dos ataques dele é um
mero sinal da frustração por ter sido vencido.
|
O
Céu e o Inferno
O Céu: o lar é onde está o Pai
Naquele trecho maravilhosamente confortante em João 14:1-3, Jesus tenta acalmar a angústia de seus discípulos que o anúncio de que ele iria aonde eles não poderiam seguir havia causado (João 13:33-37). Suas advertências sobre traição os teriam mistificados e confundidos, até magoados. Eles compreendem pouco do que ele está falando, mas o que tem causado um estremecimento em suas almas é a notícia de que ele iria aonde eles não poderiam ir. A idéia da perda de sua presença os amedrontavam e os derrotavam.
Jesus garante aos discípulos que a sua partida não é um abandono, mas sim por consideração a eles- para que ele pudesse ir preparar um lugar para eles com o seu Pai. Eles estariam separados por um tempo, disse ele, para então estarem juntos para sempre.
Alguns pensam que Jesus está falando da igreja, da área de uma nova relação com Deus através da morte redentora do Filho (1 Timóteo 3:15; Hebreus 3:6). E a idéia de que o lugar que Jesus promete preparar para os seus discípulos começa nesta vida, não é sem mérito. No contexto desta mesma conversa Jesus mais tarde disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (João 14:23). Mas a morada com que Jesus consola os seus discípulos em 14:1-3 pareceria necessariamente incluir o transcendente e final. Como tem observado Leon Morris, "Muito atraente é a sugestão de Milligan e Moulton, que 'a casa do meu Pai' inclui a terra assim como o céu, de modo que onde quer que nos encontramos estamos naquela casa. Mas por este ponto de vista não é fácil entender porque Jesus deveria 'ir' a fim de nos preparar um lugar" (Evangelho de João, p. 638).
A questão sobre o céu que vem à tona nesta experiência de Jesus com seus discípulos é que não é tanto um mero lugar, quanto um relacionamento que tem alcançado na sua máxima intimidade e proximidade, um lugar com Deus e o seu Filho. Como se tem apropriadamente observado, "Não é no céu que encontramos Deus, mas em Deus que encontramos o céu". Não é nos nossos arredores que o céu se encontra mas em Deus. É verdade que João nas suas visões vê uma cidade com ruas de ouro, paredes de jaspe e portas de pérola (Apocalipse 21), mas aquela cidade representa muito mais a glória do povo redimido de Deus do que as circunstâncias em que eles deverão viver, e é afinal de contas apenas a figura da verdadeira coisa (veja Apocalipse 19:8, 2:2 e Hebreus 12:22-24).
É triste ver cristãos que pensam no céu simplesmente como um lugar maravilhoso onde não haverá mais sofrimento, mágoa ou morte. Tudo isso sobre o céu é verdadeiro, mas a estreitura do foco nos faz lembrar de uma noiva que se gaba sem parar da mobília magnífica do novo lar sem dizer nem uma palavra sobre o futuro marido. Aqueles que entre nós foram casados por algum tempo qualquer sabem que o lar é aonde está a amada, e apenas esse fato ilumina qualquer lugar com alegria. Nunca se foi o lugar, mas sim pessoas, que nos trazem contentamento e satisfação, e a última expressão dessa verdade é que paraíso é estar onde Deus e Cristo estão. Eles são totalmente suficientes para iluminar o lugar com glória (Apocalipse 21:23). Não é o objetivo de Deus que seu povo deveria conhecer o amor ilimitado de Cristo e ficar tomado de toda a plenitude de Deus? (Efésios 3:19). E poderia estar faltando qualquer coisa a esses que vivem na intimidade perfeita com aquele que é "corporalmente, toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9-10), e a "plenitude daquele que a tudo enche em todas as cousas" (Efésios 1:23)? Nós talvez deveríamos passar mais tempo aprendendo sobre Jesus e vivendo próximo a ele, do que contemplando todas as maravilhosas acomodações celestiais. Eu tenho a distinta impressão de que Deus não estará convidando pessoas totalmente desconhecidas para viverem com ele em sua casa. "Mas qual espécie de corpo iremos possuir?" pergunta um, e "iremos reconhecer um ao outro no céu?" indaga outro. Eu não estou condenando curiosidade, mas aqueles que estão seriamente preocupados com tais coisas têm falta de confiança no poder daquele "que é poderoso para fazer infinitamente mais do que
O Céu: o lar é onde está o Pai
Naquele trecho maravilhosamente confortante em João 14:1-3, Jesus tenta acalmar a angústia de seus discípulos que o anúncio de que ele iria aonde eles não poderiam seguir havia causado (João 13:33-37). Suas advertências sobre traição os teriam mistificados e confundidos, até magoados. Eles compreendem pouco do que ele está falando, mas o que tem causado um estremecimento em suas almas é a notícia de que ele iria aonde eles não poderiam ir. A idéia da perda de sua presença os amedrontavam e os derrotavam.
Jesus garante aos discípulos que a sua partida não é um abandono, mas sim por consideração a eles- para que ele pudesse ir preparar um lugar para eles com o seu Pai. Eles estariam separados por um tempo, disse ele, para então estarem juntos para sempre.
Alguns pensam que Jesus está falando da igreja, da área de uma nova relação com Deus através da morte redentora do Filho (1 Timóteo 3:15; Hebreus 3:6). E a idéia de que o lugar que Jesus promete preparar para os seus discípulos começa nesta vida, não é sem mérito. No contexto desta mesma conversa Jesus mais tarde disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (João 14:23). Mas a morada com que Jesus consola os seus discípulos em 14:1-3 pareceria necessariamente incluir o transcendente e final. Como tem observado Leon Morris, "Muito atraente é a sugestão de Milligan e Moulton, que 'a casa do meu Pai' inclui a terra assim como o céu, de modo que onde quer que nos encontramos estamos naquela casa. Mas por este ponto de vista não é fácil entender porque Jesus deveria 'ir' a fim de nos preparar um lugar" (Evangelho de João, p. 638).
A questão sobre o céu que vem à tona nesta experiência de Jesus com seus discípulos é que não é tanto um mero lugar, quanto um relacionamento que tem alcançado na sua máxima intimidade e proximidade, um lugar com Deus e o seu Filho. Como se tem apropriadamente observado, "Não é no céu que encontramos Deus, mas em Deus que encontramos o céu". Não é nos nossos arredores que o céu se encontra mas em Deus. É verdade que João nas suas visões vê uma cidade com ruas de ouro, paredes de jaspe e portas de pérola (Apocalipse 21), mas aquela cidade representa muito mais a glória do povo redimido de Deus do que as circunstâncias em que eles deverão viver, e é afinal de contas apenas a figura da verdadeira coisa (veja Apocalipse 19:8, 2:2 e Hebreus 12:22-24).
É triste ver cristãos que pensam no céu simplesmente como um lugar maravilhoso onde não haverá mais sofrimento, mágoa ou morte. Tudo isso sobre o céu é verdadeiro, mas a estreitura do foco nos faz lembrar de uma noiva que se gaba sem parar da mobília magnífica do novo lar sem dizer nem uma palavra sobre o futuro marido. Aqueles que entre nós foram casados por algum tempo qualquer sabem que o lar é aonde está a amada, e apenas esse fato ilumina qualquer lugar com alegria. Nunca se foi o lugar, mas sim pessoas, que nos trazem contentamento e satisfação, e a última expressão dessa verdade é que paraíso é estar onde Deus e Cristo estão. Eles são totalmente suficientes para iluminar o lugar com glória (Apocalipse 21:23). Não é o objetivo de Deus que seu povo deveria conhecer o amor ilimitado de Cristo e ficar tomado de toda a plenitude de Deus? (Efésios 3:19). E poderia estar faltando qualquer coisa a esses que vivem na intimidade perfeita com aquele que é "corporalmente, toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9-10), e a "plenitude daquele que a tudo enche em todas as cousas" (Efésios 1:23)? Nós talvez deveríamos passar mais tempo aprendendo sobre Jesus e vivendo próximo a ele, do que contemplando todas as maravilhosas acomodações celestiais. Eu tenho a distinta impressão de que Deus não estará convidando pessoas totalmente desconhecidas para viverem com ele em sua casa. "Mas qual espécie de corpo iremos possuir?" pergunta um, e "iremos reconhecer um ao outro no céu?" indaga outro. Eu não estou condenando curiosidade, mas aqueles que estão seriamente preocupados com tais coisas têm falta de confiança no poder daquele "que é poderoso para fazer infinitamente mais do que
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